A LUZ DO REFLETOR – A Base e o Acabamento

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A evolução do time é gradual e não deveria ser diferente. Diniz chegou e encantou os torcedores que estavam acostumados com técnicos, que prezavam preferencialmente, o chutão como saída de bola. Logo visualizamos um time fraco, saindo jogando de pé em pé e não tendo dificuldades em vencer adversários de menor expressão. Vieram os clássicos e a Sula. Contra o Vasco, velho retranqueiro que joga por uma bola só, patinamos feio e perdemos duas, apesar da maior posse de bola e do maior número de chances de gol. Veio o Flamengo e sufocamos os caras sem ameaçar muito, mas ganhamos na marcação alta, fazendo nosso gol nos acréscimos. Na Sula, jogando em casa, enfrentamos a famosa retranca sul americana e não conseguimos vencer. O que se espera do Fluminense para o resto da temporada?

Ganso estreou e já jogou 3 vezes. Na última, contra o fraco Ypiranga, teve sua melhor atuação, mostrando clara evolução. Chegou na área, finalizou, deu passes verticais e fez até gol. O caminho da evolução desse jogo do Diniz é por aí: Verticalizar mais os passes, arriscar mais. A posse de bola é importante, mas se não criar situações de gol, veremos muitos empates desagradáveis na temporada, principalmente quando o adversário optar em jogar atrás, no nosso erro.

O Flu precisa de mais! Ganso em forma e atuando bem será um grande passo, mas precisamos de mais se quisermos ir longe nas principais competições do ano. Um camisa 9 faz muita falta nesse momento, como fez no final do ano passado. Yoni não é mau jogador, mas definitivamente não um camisa 9, aquele matador que cheira o gol, que está ali pronto para empurrar para rede qualquer bola que sobra. Temos a necessidade desse jogador, porque temos a jogada de ponta com Everaldo ou com Gilberto, por exemplo. Temos a necessidade desse jogador porque precisamos furar retrancas e um gol achado pelo 9 matador, desenrola o jogo todo a nosso favor.

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Flu precisa de um bom lateral esquerdo. No último jogo, Caio Henrique foi improvisado na lateral esquerda, barrando nossos dois laterais de ofícios. Jogou bem sim, alias é um excelente jogador e deve ficar por ali até outra solução, mas o próprio pode começar a não ficar satisfeito com essa improvisação, já que gosta de atuar de 1º ou 2º volante.

No meio de campo, vejo o Flu bem servido no setor dos volantes. Bruno Silva é maluco, mas ajuda muito. Airton é lento, mas sabe bem os atalhos do campo e impõem respeito, mas vejo nos outros um futuro melhor, como Alan e Caio Henrique. Dois jogadores rápidos e bons tecnicamente, podem dar a cara que o Diniz precisa na nossa saída de bola, com dinâmica e bons passes.

O caminho está traçado, a base está montada, o técnico escolhido foi o ideal, principalmente com elenco limitado. Precisávamos ter um técnico que tentasse algo diferente. É necessário agora evoluir e dar aquele acabamento final para um bom time de futebol. Acertar as peças que faltam e treinar o esquema para as adversidades que virão. Principalmente para as retrancas que virão.

Everaldo: Flu negocia a compra do atacante.

Toque curto:

–  Empresário do Everaldo jogando verde para colher maduro. Acho importante a permanência do atacante. Tentamos muitas vezes achar um jogador de velocidade de lado de campo e não encontramos. Everaldo tem habilidade, drible e dificilmente perde a bola à toa. Tem um grave problema no último toque, seja ele um cruzamento, passe ou finalização. Jogador útil demais para se desperdiçar.

– Caio Henrique entrou muito bem no time. Jogador leve, bom tecnicamente, não joga só para o lado e faz várias funções. O time ganha com ele e Ganso em campo.

– Alan toda vez que entra mostra serviço, mas entra sempre no finalzinho. Poderia começar uma partida para uma analise melhor.

 

SDT


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