Há males que vem para o bem
A ansiedade da torcida em ver P.H Ganso desfilando toda a sua qualidade, e classe, aumenta cada vez mais. Muito em função de notícias que surgem a cada dia sobre questões burocráticas que impendem a sua inscrição nas competições. A estreia está prevista para a partida contra o Resende, válida pela 2ª rodada da Taça Rio, no Maracanã.
A diretoria tricolor tenta costurar um acordo com o Bangu para mudar o local da estreia dos clubes na Taça Rio. Sairia Moça Bonita, entraria o Maraca – o grande Palco da Barrigada. Ações de marketing são pensadas para a estreia e, por isso, nada mais lógico que o novo Maestro Tricolor estreie e vá para a primeira batalha no Maior do Mundo.
Já que Ganso não pôde ser inscrito na 1ª Fase da “Sula”, partida contra os chilenos do Antofagasta acontece entre as duas primeiras rodadas da Taça Rio, não há uma preocupação com o meia fazendo dois jogos em um curto espaço de tempo. Apesar de toda a ansiedade criada, esse tempo dedicado apenas para o treinamento é bom para Ganso, Fernando Diniz, elenco e, principalmente, o clube. Explica-se:
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O calendário brasileiro é caótico. Ganso esteve por duas temporadas sob o calendário europeu, que apesar de ter bastante jogos, não é igual ao do Brasil. O 10 do Time de Guerreiros vinha treinando por conta própria, para manter a forma, mas precisa de um trabalho específico para aguentar a carga de jogos e a intensidade que Diniz gosta que seus times tenham, principalmente sem a bola.
Outro ponto positivo nessa espera é o entrosamento. Relatos do dia-a-dia mostram que Ganso, fora de campo, já está em sintonia com os companheiros e com os funcionário. Agora, necessita-se que essa sintonia passe para dentro de campo. E isso só ocorre com treinos e jogos.
Além de se entender com os jogadores, é preciso assimilar as ideias de jogo de Diniz. Com a posse da bola, não deve haver mistérios para Ganso. É ter a bola, aproximação e paciência. Ganso chega para qualificar, ainda mais, o passe, principalmente o último – aquele que deixa o companheiro na cara do gol – e será a cabeça pensante do time. A adequação do meia passa quando o time precisar recuperar a bola. Diniz é um cara intenso e exige essa intensidade do time. Ganso, fatalmente precisa ser encaixado nessa ideia. Não é a principal característica dele (P.H), mas o comandante Tricolor, que foi um dos entusiastas da contratação, certamente já tem tudo esquematizado.
Para o clube esse tempo é fundamental para pensar nas estratégias de marketing. A estreia do maestro tem que ser no Maraca – ele merece e, principalmente, a torcida também. Um grande jogador, de um grande clube, com uma grande torcida, merece um grande estádio. E nos temos O Templo do Futebol. Ademais, o Flu precisa pensar em como estimular, ainda mais, a ida do torcedor ao estádio. Ganso é um importante ativo, o bom momento do clube também. Mas todo esse hype gerado passa, e é preciso cativar não só o consumo do estádio, mas o consumo de produtos oficiais do clube – e que possam ser acessíveis a todos.
ST
