Coletiva na Ferj – Representantes dos clubes e federação falam após a tragédia no Ninho do Urubu
Após a reunião que definiu o adiamento da rodada do futebol carioca deste final de semana, os representantes dos clubes envolvidos – exceto o do Resende, que não conseguiu comparecer a tempo – nas semifinais da Taça Guanabara e o presidente da Ferj responderam aos questionamentos da imprensa. Fluminense e Vasco foram representados pelos seus respectivos presidentes, enquanto o Flamengo foi representado pelo seu diretor de marketing, Mauricio Portella.
Confira o que foi dito:
- Inspeções nos CTs
– A partir desse momento talvez se intensifiquem as, digamos assim, avaliações por parte dos órgãos públicos. Mas nós estamos absolutamente tranquilo porque sempre primamos pelo bem-estar do nossos jogadores. (Alexandre Campello, presidente do Vasco)
- Possível alteração no prazo para a inscrição de novos jogadores na Taça Guanabara
– Acredito que não haja necessidade de alteração dos prazos. Uma vez que a data da final e o começo da Taça Rio não foi alterado. Então, eu penso que isso não vai impactar e justifique nenhuma necessidade de alteração de prazo se assim não fosse. Claro que esses prazos certamente poderiam ser alterados, mas não há necessidade. Acreditamos que não haja necessidade. (Rubens Lopes, presidente Ferj)
- Lembrança do acidente com jogadores da base vascaína agravam o sentimento da tragédia de hoje?
– Sim, são sempre momentos muitos difíceis. O Vasco teve um acidente vindo de Friburgo com alguns atletas se ferindo, felizmente, nenhum fatal. Mas obviamente tudo isso vem à tona e a gente relembra os fatos desse acontecimento. E até mesmo por isso a gente se solidariza ao Flamengo. (Campello)
- Qual o procedimento para inspeção dos CTs?
– Na realidade não existe nada na legislação que é imponha, sugira ou sinalize a respeito. Uma vez que a concessão do alvará, a concessão da liberação da utilização dessas dependências, elas ficam a cargo dos órgãos públicos e da Defesa Civil e etc. A Federação tem uma participação em determinado momento na avaliação inicial do centro de treinamento para os clubes que pretendem obter certificado de clube formador. Então, ali ela faz uma expressão, examina as instalações e outros critérios que são estabelecidos pela legislação. Essa é, efetivamente, a nossa participação. (Rubens Lopes)
- Periodicidade em inspeções
– Em cada espaço se tem as legislações suas próprias de combate a incêndio. São diversas legislações que obrigam cada providência em cada tempo. Extintor de incêndio em um determinado tempo, plano de evacuação e escape é outra, cada um tem segurança, enfim, são diversos. Cada um nos seus prazos de acordo com suas próprias legislações. Obviamente a gente tem o quadro onde estão os consignados todas as revisões necessárias e as respectivas periodicidades. E ali gente vai cumprindo. Passou o tempo a gente solicita a renovação. É assim que funciona em qualquer espaço sujeito a fiscalização o do poder público. Sempre tem um prazo, no qual, de tempo em tempo você tem que estar comprovando a regularidade e a manutenção. Isso é para todo mundo, não só clube de futebol. (Pedro Abad, presidente Fluminense)
– O Abad já respondeu suficientemente. Só acrescentando, que somos muitas vezes, inclusive, inspecionados pelo próprio Ministério Público. (Campello, complementando a fala de Abad)
- Departamento que cuida dessas inspeções
– Não existe somente um departamento responsável pelo exame, fiscalização, pela análise das condições. É um grupo multidisciplinar, uma vez que para ser clube formador são exigidos vários itens, como a escolaridade, a parte de saúde, a parte médica, odontológica, psicólogo, assistente social, nutrição, alojamento, educação física, treinamento técnico. E cada um desses segmentos tem algumas regras a cumprir e são analisadas pelo respectivo especialista. Por exemplo a parte médica que examina as condições exigidas pela parte médica é o médico. A parte odontológica é um dentista e assim sucessivamente. Cada um dentro da sua especialidade. Ele analisa se o clube efetivamente cumpre aquilo que é exigido pela legislação ao momento do pedido de certificação de clube formador. (Rubens Lopes)
- Havia um familiar do Werley (zagueiro cruzmaltino) entre as vítimas fatais?
– Sim, de fato. Um dos meninos (Pablo Henrique, 14 anos e também zagueiro) era primo do Werley, tinha 14 anos e faleceu nesse evento. Nós estamos prestando todo apoio ao jogador. O Alexandre, que é o nosso executivo, junto com o André Souza, estiveram na casa do Werley e o estão acompanhando neste momento a ida dele ao Ninho do Urubu, onde ele possivelmente vai fazer o reconhecimento do corpo. (Campello)
ST
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