“Não podemos queimar etapas”: Zubeldía fala sobre uso da base no Fluminense
Apresentado oficialmente na última sexta-feira, Luis Zubeldía comandou seu segundo treino à frente do Fluminense e também respondeu às perguntas da imprensa na tarde deste sábado (27). Questionado pelo Saudações Tricolores sobre a forte tradição do clube em revelar jogadores de Xerém, o técnico argentino destacou sua experiência no trabalho com jovens e a importância de ter paciência no processo de formação.
“Na Argentina, fui valorizado por colocar muitos jogadores jovens. No São Paulo, em pouco tempo, também utilizei garotos que logo estavam na Europa e chegaram a decidir jogos de Libertadores. Mas é preciso calma: não podemos acelerar o processo. Se queimarmos etapas, o jogador pode perder seis, sete anos de carreira. É algo que não tem volta”, afirmou.
Zubeldía ainda relembrou nomes que ajudou a lançar no futebol sul-americano. No Lanús, promoveu jovens que hoje atuam em alto nível no Brasil e também deu espaço a jogadores que rapidamente se destacaram no país. Entre os exemplos citados estão Flaco López, atacante do Palmeiras, além dos laterais Bernabei e Aguirre, hoje no Internacional, todos estreando com ele no Lanús e ganhando sequência no profissional.
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“Quando digo que um jovem estreou comigo, não foi só jogar uma partida, mas ter continuidade e disputar jogos importantes. Esse é o diferencial: dar oportunidade, mas também dar tempo para o jogador se firmar”, explicou.
Com uma das categorias de base mais produtivas do Brasil, o Fluminense tem no elenco nomes como Martinelli, já consolidado, mas também Riquelme Felipe, Júlio Fidélis, Davi, todos formados em Xerém. Agora, a expectativa é entender como Zubeldía pretende integrar a nova geração aos planos do time principal, equilibrando experiência e juventude.