IDIOTICE TEM LIMITE! (MARIO NETO)
IDIOTICE TEM LIMITE! (MARIO NETO)
Como já disse, não costumo escrever mais de uma vez por semana, mas diante de certas coisas saio da rotina. A responsável da minha indignação são as reações mais estapafúrdias das nossas redes sociais, que passaram dos limites. “Acabou o dinizismo! Fernando Diniz já era! ”, descobriram o modo do Fluminense atuar, vamos também cair fora da Libertadores! e de quebra perder tudo e coisa e tal. Só faltaram pedir a cabeça do técnico. Pensaram nisso também podem ter certeza. Isto foi mais ou menos o resumo do que seu li nas nossas redes sociais depois da eliminação para o Flamengo. Ainda bem que parei na metade desses comentários.
Em primeiro lugar perdemos para um time que tem dez vezes maior orçamento do que o nosso. Quem tem dúvida dê uma olhada no banco de reservas das duas equipes. Portanto uma derrota normalíssima por mais que os radicais de aborreçam. O que o Fernando Diniz está fazendo no Fluminense com pouquíssima grana não merece um senão. Estamos devendo hoje, é claro que sim, estamos jogando muito aquém do que eu e você queremos e vimos como na goleada no River Plate. Entre outras coisas “de tirar o sono”, não fazemos um gol há cinco jogos, o que é preocupante, mas totalmente explicável de uma forma muito simples e que a cada jogo vem acontecendo.
Como venho dizendo desde que começamos a disputar três competições diferentes (que em dado momento foram quatro) não tínhamos nem temos elenco para isso, muito pelo contrário. Enquanto o “vento” estava a nosso favor, ou seja, não tínhamos problemas de contusões, tudo foi correndo às mil maravilhas, ganhamos o bicampeonato e tivemos ótimas atuações, como nos cinco a um no River Plate. De repente “o caldo entornou” de vez, uma contusão atrás da outra, daquelas que comprometeram a produção do time e como “desgraça pouca é bobagem” ficamos sem um setor em campo, o esquerdo, com as contusões do Marcelo, Keno e Alexsander, os três decisivos, o que está sendo a nossa ruina. O resto é o resto.
Desapareceram de uma hora para outra uma enorme válvula de escape para o time. Guga e o Lima (ótimo jogador), ainda mais jogando fora das suas posições, não sabem fazer o papel a que os titulares estavam acostumados. Desafio a quem me apontar uma boa jogada, que seja pelo setor esquerdo no momento, que proporcionasse uma chance de gol, uma só. Resultado: fica tudo por conta do lado direito e consequentemente facilita e muito a marcação adversária, que não tem que se preocupar com o outro lado que praticamente é nula ofensivamente. Soma-se a isso o fato do Arias ter de correr de um lado para outro e acabar “morto” em campo. Não tem jeito, vamos sofrer de cabo a rabo contra o Bragantino domingo e na Argentina, se pelo menos dois, Marcelo e Keno não voltarem a tempo. Temos que cair na real. Dificilmente contrataremos na janela de julho um jogador de impacto, não temos grana, não adianta ficar sonhando. E terminando, Diniz, por falta de opção (não tem como ser de outra forma) vem recorrendo aos nossos garotos de base. Tem tudo para dar errado, infelizmente. O momento é péssimo para isso e tem garotos que correm o risco seríssimo de não seguir adiante.
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