Fluminense tem mais posse de bola e menos eficácia neste início de 2023
O Fluminense teve 69% de posse de bola na derrota para o Volta Redonda, mas pouco ameaçou o gol defendido por Jeferson. Esta, aliás, tem sido a tônica do Tricolor neste início de ano. A equipe fica mais tempo com a bola nos pés em relação ao ano passado, entretanto, precisa de quase o dobro de finalizações para balançar as redes.
Para isso, comparamos os números do Flu no Campeonato Carioca e no Brasileirão do ano passado — onde Fernando Diniz comandou 34 dos 38 jogos. Em 2022, o Fluminense terminou a competição nacional com a maior média de posse de bola, com 61% por jogo. Já em 2023, a média subiu para 65,5% conforme aponta o Footstats, algo considerado normal sobretudo diante de adversários de menor investimento.

O número de tentativas de chegar ao gol também pouco mudou quantitativamente. A média de 13,8 finalizações no Cariocão está um pouco abaixo dos 14,5 no ano passado. Em contrapartida, o número de subiu chutes no alvo subiu de 5,1 para 5,3.
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A maior diferença então fica na eficácia. Dono do segundo melhor ataque do Brasileirão com 66 gols, o Fluminense estava entre as equipes mais eficazes em 2022. O Tricolor, por exemplo, marcava um gol a cada 8,7 finalizações. Enquanto que o time com o seu pior ataque nos seis primeiros jogos do Cariocão na história precisa de quase duas vezes mais tentativas para balançar as redes (16,6).
Dificuldade em furar as defesas e fator Cano: raio-X da posse de bola do Fluminense
Embora fique mais com a bola nos pés, o Flu tem encontrado dificuldade para furar as defesas adversárias. Por isso, mesmo com passes trocados, as maiores interações são entre laterais, zagueiros e volantes.
Contra o Volta Redonda, por exemplo, Manoel e Martinelli foram os jogadores que mais tocaram no bola. Só entre os dois, foram trocados 39 dos 604 passes do Flu na partida. Não atoa que entre os 10 com mais passes tentados nos seis primeiros jogos, aparecem apenas três jogadores que atuam do meio para frente: Lima (4º), Arias (6º) e Ganso (10º).
Além disso, a falta de gols de Germán Cano também tem pesado no ataque. Artilheiro do Brasileirão 2022 com 26 bolas nas redes, o argentino ainda não marcou em 2023 e igualou o seu maior jejum desde que chegou ao Time de Guerreiros. Para comparar, em 2022, o atacante concluiu quase um quarto das finalizações do Tricolor contra apenas 9,6% neste ano.

Com oito finalizações em quatro jogos, Cano esta empatado com Keno como os jogadores com mais tentativas pelo lado tricolor. O atacante, no entanto, tem sido pouco acionado ao longo dos jogos e só teve uma grande chance de gol até o momento.
ST