Fala professor – A primeira coletiva de Fábio Moreno

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Fábio Moreno foi pego de surpresa. Ele e todos os tricolores. Marcelo Oliveira foi desligado do Flu às vesperaas de um jogo decisivo, que vai selar a sorte do Flu no campeonato em 2018 e toda a vida em 2019. Tá certo que não e tão desesperadora assim a situação, afinal de contas basta o tricolor empatar com o América-MG no Maraca que já se garante na Série A do ano que vem. Confira abaixo os principais trechos da entrevista:

– Eu recebi a notícia ontem. Os resultados não são os esperados, estamos com dificuldade na reta final. Após a comunicação ao Marcelo, a direção me chamou e me avisou que eu comandaria o time. Eu por trabalhar com Abel, sigo essa filosofia. Não dá e não é hora de inventar muito. O trabalho é entrar na cabeça do jogador, fazer o simples e um grande jogo. Não foi porque eu fui escolhido para comandar o time que passei a falar com Abel. Falo sempre, assim como com outros. Ontem, por exemplo, falei com o Odair, do Inter. É claro que, por eu ter proximidade, a gente conversa. Mas ele tem a vida dele, eu a minha. Eu até. Ele ficou contente, ressaltou a grande responsabilidade que é estar à frente do time. Ele me pediu que eu fizesse o que eu sei, que colocasse em prática os meus conhecimentos.

Trabalho psicológico

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Antes de atleta, o jogador é ser humano. Ele é suscetível a questões externas. Durante a semana se treina, se mostra o que se quer ou até se muda. Mas nem sempre isso é suficiente. Por ser auxiliar, se tem tempo de se conhecer mais o jogador. É com você que ele se abre, que ele fala dos problemas, que ele se aproxima. Por isso, o auxiliar é fundamental. Como desenvolvi isso durante dois anos, vou tentar fazer isso. Dar confiança de que eles podem. Quem viu os últimos jogos percebeu que os atletas se esforçam e têm condições, mas pelo momento vivido eles não conseguem. Precisamos estar juntos. O momento não é oportuno para fazer pedido ao torcedor, mas será necessário apoiar. Não é necessário mais cobrar, tudo já foi cobrado, agora é união. Vamos lutar até o final.

Fará grandes mudanças?

Toda a vez que se troca o comando da equipe… a vontade de quem assume é mostrar o serviço. A gente não pode errar na medida. Não tem tempo de reverter tudo, mudar tudo. Ao assumir, naturalmente, se tem ânsia de colocar em prática as suas ideias. Será preciso dosar.

Vai começar trabalho do zero?

Eu acho que a gente não precisa começar do zero. O Abel deixou, o Marcelo deixou. Todos que passaram aqui deixaram algo de bom. Então, o que tem de se fazer é colocar na cabeça do jogador que cada jogo é um jogo. Não tem como reverter o passado, mas podemos fazer um novo começo. Podemos fazer isso.

Qual o tamanho do desafio?

É gigantesco. O Fluminense não se encontra no lugar que deveria. A gente passou a temporada toda brigando por alguma coisa. No Carioca, estivemos a um passo de conseguir algo mais. Na Sul-Americana, batemos na semifinal. No Brasileiro, com a sequência negativa, perdemos a chance de ter algo melhor. A ideia é ajudar, colaborar para não brigar pelo rebaixamento. A queda significa uma série de dificuldades, como queda de receita. Sem falar a paixão do torcedor. Por tudo isso, sinto a responsabilidade que tenho. Mas também sei da competência e que o trabalho pode nos tirar dessa situação.

Abel irá ao jogo no domingo?

Eu acho que ele não vai. Ele assiste muitos jogos. É um cara estudioso. É incrível a capacidade dele de estudar e de se aprimorar. Ele vai torcer e acompanhar. Sempre que pode, dá a opinião dele.

Integrará a comissão de Abel em 2019?

Não dá para pensar nisso ainda. Estou focado no jogo de domingo. Queremos vencer. Respeito o América-MG e o Givanildo. Porém, o Fluminense é muito grande. A torcida exige a vitória. Depois do jogo, em dezembro, vamos ver. Eu não sei o que vai acontecer. Penso em tirar o Fluminense dessa situação. Apenas isso.

Eu venho trabalhando no futebol faz muito tempo apesar de ser jovem. Sempre na área de análise dos adversários. Conheci o Abel em 2003 na Ponte Preta, ao trabalhar com meu pai. Depois disso, rodei e voltei a trabalhar com ele em 2006 no Internacional. Meu pai faleceu em 2012, e o Abel me convidou para trabalhar no Fluminense. Cheguei faltando um jogo para o término do primeiro turno e fomos campeões.

Eu continuo com meus estudos. Estou matriculado para a licença PRO da CBF. Não é algo que tenha de ocorrer neste momento. Eu trabalhei com vários treinadores, inclusive com o Givanildo que será meu adversário no domingo.

Esquema com três zagueiros
Não quero dar armas ao Givanildo, um grande treinador. Vai ser na base da conversa. Com os trabalhos de hoje e amanhã, vamos ver qual a melhor estratégia para a partida, a que melhor vai encaixar. Será a melhor escolha.

Fonte: Globo Esporte e ST

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