De Olho Neles — Na lanterna e sem vencer no returno, como chega o Juventude para enfrentar o Flu
O Juventude chega ao Rio em uma situação delicada. Na última posição, com só 19 pontos, a equipe jaconera está a nove do Coritiba, primeiro fora do Z4. O Ju não sabe o que é vencer desde que derrotou o Ceará na última rodada do turno. E antes, só havia vencido o Avaí e o Fluminense, em partida marcada pelo gramado encharcado no Alfredo Jaconi.
Terceiro técnico na temporada, Umberto Lozer assumiu no lugar de Eduardo Baptista — demitido logo após a goleada para o Flamengo — e até estreou com uma vitória. No entanto, parou por aí. No returno, os gaúchos somam três empates e cinco derrotas.

Para piorar, Lozer ainda tem um desfalque de última hora. O meia Bruno Nazário sofreu um pisão no pé no último treino antes da partida e está fora. Sendo assim, Chico Kim deve começar jogando no Maracanã.
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Além do ex-jogador de Botafogo e Vasco, a equipe jaconera também não vai poder contar com outros seis atletas. Anderson Leite, Edinho, Marlon, Rafael Forster, Renato Chaves e Ricardo Bueno.
De acordo com a imprensa gaúcha, o Juventude deve entrar com Pegorari, Vitor Mendes, Paulo Miranda, Nogueira; Rodrigo Soares, Élton, Jádson, Chico e Capixaba; Felipe Pires e Isidro Pitta.
Lançamentos longos e cruzamentos: como joga o Juventude
Como dito, Umberto Lozer é o terceiro a comandar o Ju em 2022. Assim como os antecessores, Jair Ventura e Eduardo Baptista, o treinador costuma optar por times de marcação forte e transições rápidas.
E os números refletem o estilo de jogo. O Alviverde está entre as equipes com a menor posse de bola, com 47% conforme dados do SofaScore. Ainda de acordo com o site, o clube gaúcho tem uma média de 133 passes no campo do adversário, mais de 100 a menos que o Fluminense. Por outro lado, tem uma média de 23 lançamentos certos por jogo, com 51,5% de aproveitamento, e 4,9 cruzamentos certos, 22,4% das tentativas.
Contra o Fortaleza, por exemplo, o gol de empate marcado por Capixaba saiu de um cruzamento para a área. A equipe, aliás, marcou oito dos 21 gols no Campeonato Brasileiro desta forma.
Contudo, o que nenhum dos treinadores conseguiu dar jeito foi na defesa. Com 45 gols sofridos, o Papo tem a pior defesa do Brasileirão 2022. A equipe só não teve a defesa vazada nas vitórias contra Fluminense e Ceará, além de dois empates em 0 a 0 contra São Paulo e Goiás.
Pitta, Chico e Nogueira: jogadores para ficar de olho
Diante do Juvente, a defesa tricolor vai ter de ficar atenta sobretudo ao atacante Isidro Pitta. Artilheiro do time, com quatro gols, o paraguaio é o jogador mais perigoso da equipe jaconera. No primeiro turno, por exemplo, Pitta participou do lance que terminou com um gol contra de Luccas Claro.
Além disso, é o jogador com maior média de finalizações (2,0) e com a segunda melhor de chutes certos (0,8) — ficando atrás curiosamente do zagueiro Renato Chaves, ex-Flu.

Além de Pitta, outro que merece atenção é Chico Kim. Contra o Fortaleza, por exemplo, o Ju melhorou após a entrada do meia de nacionalidade sul coreana na segunda etapa. O ex-jogador do Atlético-GO tem a segunda melhor de passes-chave — aqueles que terminam em assistência ou finalização. Com 1,1, fica atrás só do próprio Bruno Nazário, a quem vai substituir.
Por fim, a defesa ainda com o zagueiro Nogueira, revelado em Xerém. O defensor lidera em desarmes, com média de 2,5 por jogo, e em cortes, com 5,8.
Fluminense e Juventude entram em campo nesta quarta-feira (28), às 19h, no Maracanã.
ST
