NADA TÃ0 RUIM QUE NÃO … (MARIO NETO)

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NADA TÃO RUIM QUE NÃO …. (MARIO NETO)

Desde de antes de assumir no início do ano o cargo de técnico do Fluminense, Abel Braga nunca foi um nome de consenso, muito pelo contrário, os torcedores sempre tiveram um pé atrás, alguns até os dois em relação a esta contratação. Eu me incluo entre aqueles que não queriam Abel Braga como primeira opção. Assim como a maioria, fomos pegos de surpresa, ainda mais pelo próprio Abel que disse que preferia, no momento da sua carreira, assumir um cargo na diretoria. O argumento do Presidente Mario Bittencourt e do diretor de futebol Paulo Angione principalmente, é que se tratava de um torcedor evidente do Fluminense e que tinha coisas para acrescentar nesta sua nova passagem. Já que tudo estava “resolvido”, não tinha porque “torcer contra” e apostar no que aconteceria futuramente.
Logo no primeiro jogo contra o Bangu perdemos de um a zero, numa atuação que nem vale a pena lembrar. Depois tivemos aquela série de doze vitórias seguidas, a maioria delas na base de “seja como Deus quiser”, com um gol de diferença contra adversários que poderiam ser mais facilmente derrotados. Abel se segurou nesta série e em nenhum momento passou por sua cabeça o modo como elas foram conseguidas. O importante para ele é que estávamos perto de bater um recorde histórico, de treze vitórias consecutivas, no início deste século. Tirando poucos tricolores, a maioria não estava convencida das nossas atuações, enxergavam o que o técnico não queria ver. Veio a fase final do Cariocão e passamos por milagre contra o Botafogo, com um gol aos 51 minutos do segundo tempo na segunda partida.
Jogamos mal e não fomos melhores do que eles nas duas partidas, sendo que na segunda foi uma das mais vergonhosas atuações deste SÉCULO. Veio a fase final e, finalmente, aleluia! O Fluminense jogou duas ótimas partidas, que culminaram com o título de campeão estadual depois de dez anos. Bastou para que Abel Braga considerasse o seu esquema de 3-5-2 (só poderia dar certo se o Felipe Mello jogasse e se tivéssemos laterais decentes) usado até então como o sistema ideal que deu resultado. Preferiu ignorar o que era real. Daí em diante foi o que vimos: atuações medrosas, ridículas, no Brasileirão, na Libertadores da América e por último na Sul–Americana. Eu já havia dito que se Abel continuasse apostando neste seu sistema, teria muitas chances de morrer abraçado com ele. Estava na cara, deu no que deu.
Nada tão ruim que não possa piorar: tudo indica que o Fernando Diniz (99% de dar certo) será o próximo técnico, caramba. Na sua passagem pelo Flu, deixou o time na zona do rebaixamento quase caindo para segundona, três vitórias em 18 jogos, depois em outros clubes (São Paulo, o melhorzinho, Santos, Vasco) não deixou saudades, pelo contrário. A desconfiança que eu tinha com o trabalho do Abel Braga no início, mudou-se de armas e bagagens agora para o Diniz. Não há argumentos plausíveis para me sugerir que as coisas serão diferentes de agora em diante. É a volta do futebol “Belo Antônio”: finge que vai e não vai e fica nisso. O pior é que tem “gente” que pensa assim, jogar bonito e perder praticamente todas. Gostaria de ver argumentos favoráveis que justificassem esta possível contratação.
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