Do céu ao inferno – a pior semana acaba da pior forma

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Há muito não se via a torcida tricolor tão empolgada com o time no início de uma temporada. Sequência de vitórias histórica, proximidade de recorde centenário, rei dos clássicos regionais, campeão da Taça Guanabara, vitória nos primeiros jogos da Libertadores, incluindo o primeiro jogo contra o Olímpia. Aí veio a hecatombe. Uma bomba de ‘trocentos’ megatons é lançada, sem dó nem piedade, sobre a cabeça de cada um de nós, tricolores em toda terra.

A notícia da venda de Luiz Henrique não só quebrou a confiança, a harmonia, da torcida com o clube, como lançou olhares desconfiados à administração Mario Bittencourt. Como assim, de casa mais arrumada, passamos a ter que pagar quase 100 milhões de reais até agosto? E, então, deu-se incio a pior semana do passado recente do Fluminense.

Não vou ser herege aqui e dizer que não tivemos semanas parecidas – ou até piores – nestes últimos anos, mas em nenhuma delas a torcida estava acreditando, junto com o time, da forma que vínhamos nessa semana. O céu era de brigadeiro e a velocidade de cruzeiro. Como foi possível chegar em terra arrasada? Pois bem, vamos tentar entender.

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Além do presidente ter jogado essa bomba em nossas cabeças, nós temos outros fatos para expor. Ou melhor, distribuição geral de parcelas de culpas. Umas mais, outras menos, mas a distribuição é farta.

Comecemos pelo nosso treinador. Abelão, o que foi isso ontem? Duas linhas tão baixas que pareciam treino de aquecimento ataque x defesa. Jogar de forma covarde, contra um time Cascudo – os caras são tri-campeões da Liberta – na casa dos caras, para segurar uma resultado perigoso? Só daria certo se nossos jogadores vivessem uma noite isenta de erros e com boas atuações. O que aconteceu? Erramos, jogadores abaixo da média de atuação, 317 bolas na nossa área, 2 gols e nervosismo latente do início ao fim. Se fosse para fazer esse tipo de jogo, que mantivesse o meio com Yago, que entrega mais que Martineli na marcação. Aliás, Martineli, Felipe Melo e André não conseguiram segurar o ímpeto no meio de campo. Todos abaixo.

A atuação do Luiz Henrique foi muito abaixo da média – e não por ter sido vendido, pois ele já sabia disso (Árias também não jogou congas e está aí) – mas tirá-lo do jogo? Contra o Millonarios ele também não estava bem, mas participou dos lances dos dois gols. Não era essa a mexida. E nem pela entrada do William, que até entrou bem – para depois perder seu pênalti. E alguém pode me dizer o que o Gabriel Teixeira tem contra fazer gols? Porque, ‘pelamordeDeus’, o moleque não sabe fazer. Começou até bem, mas depois desandou a perder gols. Contra o Atlético-MG, Palmeiras.. lembra daquele lance contra o Barcelona aqui, no Maraca? Então… Mas ele já mostrou que é capaz de ser marrento. Fez um golzinho, após as críticas da torcida, e já meteu os dedinhos nos ouvidos. Não é por que ele é moleque de Xerém que não merece críticas. Merece. E Muitas!

Nino do céu. Nosso zagueiro de seleção. O Flu com menos um em campo, você vai fazer graça no meio? Pombas! O que houve? Ficar com menos um por, praticamente, 15 minutos foi ‘flóriida’. O que deu em você? Cris Silva, que vinha crescendo, estava fazendo o que, quando veio o cruzamento para o primeiro gol?

É claro. Não vamos deixar de passa e os erros de arbitragem. Gol mal anulado e etc… Mas isso não apaga o fato que o Flu não foi jogar, foi para não perder. E aí, amigos, a Libertadores pune. Quem ganha a competição é a equipe que compete. E o Flu foi incompetente. Não consegiu competir. Não conseguiu fazer gol quando estava cara a cara. Resultado? A pior semana acaba da pior forma.

Ah, e pode piorar…

Quanto de receita o Flu previa nas premiações da Libertadores?

Se já é sabido que teremos que vender jogadores agora… Imagino que o quadro ainda pode se agravar.

ST

 


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