A LUZ DO REFLETOR – Se Vira Marcelo!
“Importante não precisar fazer um resultado elástico aqui. Não temos opções ofensivas dignas para isso….”. Foi assim que a coluna da semana passada terminou, parecia que estava prevendo. Pela primeira vez estive em Curitiba, cidade fria, gelada. Indo a pé para o jogo, eu e mais 3 amigos tricolores, ficamos surpresos com nenhum movimento visto em direção ao estádio. Está certo que fomos pela rua que dá acesso aos visitantes, mas 3 quarteirões antes, passamos pela rua do portão principal e quase não vimos atleticanos. Chegamos, ficamos no esquenta do lado de fora, vimos a cavalaria da polícia descer a lenha numa torcida organizada do flu e entramos bem na hora do jogo. O estádio dos caras parece um ginásio: Todo fechado, nas laterais e na cobertura (em função da chuva), com um “animador” bem ao estilo NBA, puxando gritos orquestrados. Achei meio esquisito. Não é isso que eu chamo de torcida e estádio, mas funciona. Até pelo eco fortíssimo que um estádio todo fechado traz e, principalmente, pela grama sintética, que é um verdadeiro absurdo, pois muda muito a velocidade da bola e o quique da mesma. Os caras se aproveitam bem disso, não há dúvidas.

Entramos com o que eu esperava, Jadson na lateral, formando nosso ferrolho de 3 zagueiros e 3 volantes. Como se não bastasse, o boato que correu no estádio e nos aeroportos da volta, foi que Marcelo Oliveira travou o Ayrton na outra lateral, fechando assim a defesa com 3 zagueiros, 2 volantes fixos e 2 alas que não subiam. Mas o Flu foi visto algumas vezes com marcação alta, pressionando a saída deles, porém os velozes ataques do Atlético, não davam vida fácil para nossa defesa, principalmente nas roubadas de bola no meio de campo, pois saindo desde a defesa, eles não conseguiram chegar com facilidade, mas quando tomavam a bola no nosso meio, a coisa complicava. Com muito dos nossos jogadores em um péssimo dia, levamos 2 gols e poderia ser de mais. Não fizemos nosso gol, o que torna a missão impossível, caso tomemos um aqui. Foi um fiasco. E agora?
Marcelo Oliveira vai ter que se reinventar no Fluminense. Desde da saída do Pedro que temos muita dificuldade de fazer gols, inclusive chegamos a ganhar jogos com gol contra. Após a subida de produção do Everaldo e Luciano ganhando a posição na frente, tivemos uma melhora no ataque, mas mesmo assim vivemos de erros dos adversários para fazer nosso gol. É pouco, muito pouco, para quem precisa ao menos 2 gols para empatar esse jogo de 180 minutos. Não vai ser com esse esquema, onde 3 zagueiros são protegidos por 2 cães de guarda complementados por 2 alas que não sobem, que vamos conseguir fazer 2 gols neles. Marcelo Oliveira precisa mexer no esquema, nas peças, na cabeça dele mesmo para nos dá a classificação para a final. E sim….é possível!
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Não vai ser com Junior Dutra! Não, não vai! A vontade do Junior Dutra quando entra em campo assusta qualquer tricolor. Ele em pé, fora do campo, aguardando o companheiro sair, já demonstra toda a disposição e velocidade que ele vai aplicar em campo: NENHUMA. Essa alteração não funciona: Everaldo por Junior Dutra. Esqueça isso Marcelo, esqueça isso!
Não vejo solução alguma que passe por continuar com 3 zagueiros. Precisamos, como faz o Atlético, chegar com mais gente nos ataques, chegar com maior número de jogadores na área adversária. Só será feito isso se ele colocar mais meia armador/atacante, barrando um zagueiro e voltando com Jadson para o meio.
Testa Marcelo! Os jogos do Brasileiro são de muito importância agora, mas cabe o teste, principalmente porque precisa ganhar do Sport aqui, domingo. Tenta o Calazans, tenta o Cabezas, tenta o Marco Junior, Danielzinho….sei lá, você é pago para resolver essa questão. O Flu precisa fazer gols para ganhar do Sport, Ceará e Atlético Pr (esse por pelo menos 2 gols) então, sua tarefa Marcelo, é tornar esse time mais ofensivo, porém ainda forte na defesa. É possível, se vira!
Toque curto:
– Animador de torcida? É isso mesmo? Não dá para ser eliminado por um time que tem animador de torcida. Pra cima deles Flusão!
– Dr. Secador não foi a Curitiba. Achei que era um sinal de um grande resultado, mas não foi. Dr. Secador, contamos com você na próxima. Mesmo secando, costumamos trazer a vitória nas nossas viagens. Boca e Figueirense que não deixam a gente mentir.
– Ayrton, meu filho….Se você não atacar, pelo menos marca alguém! Alias, se você não atacar, não serve para nada. Pra frente meu filho, joga pra frente!
– Sport = final. Isso me lembra 2009, onde jogávamos o Brasileiro com a faca no pescoço e chegamos a final na Sula. Sim, é possível. Nosso papel é encher no domingo e encher no dia 28. Hora de abraçar esse time!
SDT