Fala jogador – Lucca: “O que tem que estar sempre em primeiro lugar é a vitória do Fluminense”

Compartilhe

O atacante Lucca se tornou, na última partida, o artilheiro da equipe no Brasileirão com 3 gols e agora ocupa o posto de jogador com a maior precisão dos chutes no gol entre todos os atletas que disputam a atual edição da competição. E na tarde desta quarta-feira, dia 01, o ponta Tricolor concedeu uma entrevista coletiva, no Centro de Treinamento Carlos Castilho, às 14h15 e falou sobre a sua volta ao time titular, as críticas sofridas por parte da torcida e as principais diferenças entre o Roger e o Marcão.

O jogador foi perguntado inicialmente sobre a publicação feita por Fred no Instagram com os seguintes dizeres: “o Lucca é o nosso Gum de ‘hj’ em dia, podem contar que esse é guerreiro demais”. O nosso ‘camisa 9’ escreveu essa frase em comemoração depois do jogador marcar duas vezes contra o Sport, na vitória por 2×1. Lucca então afirmou ter ficado muito feliz e principalmente seu pai que “é um admirador do Fred”:

“Fiquei muito feliz. Mas a minha família também já que meu pai que é um admirador do Fred, que sempre gostou do futebol do Fred, deixou ele muito orgulhoso e isso pra mim é sensacional, ver a sua família feliz com o seu trabalho. Quero ser querido um pouquinho pelo menos uns trinta por cento do que o Gum é aqui. É um cara muito respeitado e eu estou seguindo meu caminho pensando sempre em coisas boas e em coisas positivas”.

Você conhece nosso canal no YoutubeClique e se inscreva! Siga também no Instagram

Lucca foi questionado também sobre as diferenças dos dois técnicos: Roger Machado, ex treinador e Marcão, novo técnico do Flu para a temporada; o jogador então disse que Roger fez um bom trabalho com a equipe mas que acabou não dando muito tempo de jogo para ele. Já Marcão é uma pessoa que o atleta afirma gostar e que “está procurando fazer o nosso trabalho da melhor maneira possível”:

“Modo de treinamento dentro de campo é diferente, são pessoas que pensam um pouco diferente e a gente procura se encaixar. O Roger fez um grande trabalho aqui. Mas infelizmente saímos de uma competição muito importante que todo mundo queria, acarretando com a sua saída. Mas sem dúvida nenhuma é um trabalho que tem que ser enaltecido. Não é fácil você chegar numas quartas de final de Libertadores e de Copa do Brasil. Mas Marcão tem ideias diferentes e movimentações diferentes e a gente tem que procurar pegar o mais rápido possível. E eu estou procurando fazer o meu trabalho e eu sempre estive pronto. Quando o Roger comandava eu estava sempre a disposição, sempre querendo fazer o melhor e agora novamente estou aí firme e forte. Se for começar jogando, se for na suplência, né? Eu não tenho muita vaidade, mas obviamente que todo jogador quer estar jogando mais minutos possível e estou ai procurando fazer o meu trabalho. O Marcão é um cara que gosta de mim independente de qualquer coisa, sempre foi um cara que conversou comigo, que tá sempre comigo e está procurando fazer o nosso trabalho da melhor maneira possível”.

 

Lucca comemorando gol de falta no Maracanã (Foto: Lucas Merçon)

O jogador foi perguntado também sobre a sua relação com o Marcão, que sempre confiou em seu trabalho e voltou a relacionar o atleta como titular na equipe Tricolor. Lucca respondeu que o treinador do Flu tem seu respeito e que “é um amigo que eu estou fazendo no futebol também”.

“Eu sou muito grato. Ele é um cara que tá me dando a oportunidade e que tá confiando meu trabalho. Sempre deixou claro isso pra mim e isso deixa a gente cada vez mais motivado para entrar em campo e poder ajudar. E taticamente ele me conhece bem, sabe das minhas características, sou um cara que sempre disputa com muita força, que está sempre ajudando a equipe taticamente. E eu penso que pra mim isso é uma coisa minha ser feliz com a felicidade do companheiro, deixar o companheiro melhor colocado, melhor posicionado pra fazer um gol ou ajudando um companheiro que não conseguiu acompanhar a jogada e de vez em quando a gente vai fazendo uns ‘golzinhos’ também para ajudar. E é isso aí, eu estou sempre a disposição e o Marcão é o cara que tem o meu respeito e tenho certeza que independente de qualquer coisa, é um amigo que eu estou fazendo no futebol também”.

Após o final da partida contra o Bahia, o meia Lucca explicou que a comemoração foi feita para um membro da comissão técnica do Fluminense. O jogador então foi perguntado sobre essa sua relação com os funcionários, comissão técnica e os jogadores do elenco Tricolor e ele respondeu que “tem pessoas aqui dentro que vão ser levadas comigo”:

“Isso é muito legal. Porque o futebol ele é muito dinâmico. Você acaba ficando em um clube por alguns meses, talvez até por alguns anos mas a amizade você conseguir chegar no clube poder conversar com muitas pessoas como eu posso e tenho essa relação, isso é sem dúvida nenhuma é difícil de acontecer. Às vezes você passa um ano ou dois anos no clube e você simplesmente chega, joga futebol, chega para treinar, vai pros jogos e fica por isso mesmo. E essa relação de amizade é legal e a gente acha que as pessoas que estão aqui no dia a dia, é que muitas das vezes não aparecem nas câmeras, são pessoas muito importantes para gente e eu eu costumo ser grato porque nem sempre é só na alegria. No momento bom é muito fácil você chegar bater nas suas costas e dizer ‘pô parabéns aquela conversa ali rápida’ mas quando você está num momento difícil e vê que pessoas estão lá do seu lado sempre conversando, batendo papo isso é legal e nada mais justo do que eu ser grato a pessoas como essas. No futebol muito das vezes é pela vaidade, acabam não fazendo assim tantos amigos, você passa por tantos tantos clubes e aí depois de um mês já esquece tudo. Eu tenho certeza absoluta que um dia eu vou sair daqui, num sei quanto tempo eu vou ficar aqui no Fluminense e tem pessoas aqui dentro que vão ser levadas comigo, que vou sempre estar conversando, sempre mandando uma mensagem, que estarão sempre no meu coração e isso que me deixa muito feliz de ver pessoas que sempre querem mandar energias positivas pra você”.

Lucca na entrevista coletiva no CTCC / Foto: Lucas Merçon – Fluminense FC

 

Reserva sob o comando do Roger depois de ser titular no ano anterior:

“Não é fácil. Eu vim de um Campeonato Brasileiro do ano passado, fazendo bons jogos, ajudando a equipe a chegar em uma competição que que todo mundo esperava, nós conseguimos e eu estava sempre jogando e aí houve a mudança no comando. Eram pensamentos um pouco diferentes, mas eu sempre procurei respeitar e graças a Deus. E o professor Roger eu não tenho nenhum motivo pra falar mal de mim e eu também não tenho nenhum motivo pra falar mal dele. É um cara que é muito gente boa, mas que acabou que não conseguimos alcançar o objetivo principal do clube. Então não é fácil. Acabei recebendo um pouquinho de crítica também mas procurei fazer o meu trabalho. Estou procurando cada dia e sei que eu estou vivendo um bom momento e esse momento não vai durar para sempre infelizmente. A gente queria que ele durasse o mais tempo possível, mas o futebol ele tá dinâmico. Você tá sujeito a fazer bom jogos e uma falha que pode acontecer que as vezes acontece você toma ‘porrada’. Mas é normal, tem que procurar saber lidar com isso, mas sem dúvida nenhuma te afirmo que não é nada fácil hoje em dia. As redes sociais estão com muita gente sem pensar falando um monte de besteira. Então procurar de alguma forma as vezes se afastar um pouco e seguir trabalhando. E sobre artilharia, vamos seguir em frente vamos ver como que vai acontecer, tem muitos jogos e sempre que eu puder ajudar, que eu puder marcar, vou estar muito feliz. Mas o mais importante e que tem que estar sempre em primeiro lugar é a vitória do Fluminense”.

 

Críticas sofridas nas redes sociais:

“Essa questão da rede social ela é extremamente complicada. Porque são coisas que acabam que a gente não tem como controlar. É uma coisa que infelizmente acontece e a sua família também sofre porque em todas as vezes eu procuro não responder absolutamente ninguém e a família acaba sofrendo. Porque às vezes eles não conseguem ter contato com a gente, aí a família acaba recebendo mensagens chatas. E é difícil porque as pessoas não sabem o que que acontece aqui, o dia a dia e eu tento fazer o meu trabalho da melhor maneira possível. Sei que não vou jogar todos os jogos bem e isso não tem não tem outro jogador até no no mundo que vai conseguir fazer isso. Todos os jogadores as vezes oscilam também porque acaba sendo normal pelo número de jogos. Às vezes, é cansaço porque joga um jogo em cima de jogo. Ai a gente quer fazer sempre o melhor mas tem dia que as coisas não acontecem como a gente quer. Falar isso pro torcedor ‘pô você não entende isso’ vai valer de nada e vai deixar até ele um pouco mais curioso. Então é isso, eu não procuro, estou tentando me afastar um pouco mais porque não é legal. Eu até admiro as pessoas que as vezes tomam um monte de pancada na rede social e que seguem com a vida, continuam da mesma forma. Estou procurando um pouco me afastar pra ter a cabeça tranquila, procurar fazer o meu trabalho”.

ST,

Edu Marques


Compartilhe