“Professor, pelo amor de Deus, não me tira, não” – Gum revela bastidores do jogo que o consagrou como “Guerreiro”

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Gum, Guerreiro! Gum, Guerreiro! Era desta forma que a galera tricolor recepcionava o zagueiro Gum antes dos jogos do Fluminense. E a alcunha foi forjada com muito suor e sangue, literalmente, no ano de 2009, quando o Flu encarava o mesmo Cerro Porteño, só que pela Copa Sul-Americana. No jogo, que era válido pelas semifinais da Sula daquele ano, o Flu perdia o jogo quando, aos 47 do segundo tempo, Gum se aproveitou de um lance na área e virou para o gol, empatando o jogo. Na sequência, Alan recebeu no meio de campo e se livrou do goleiro – que estava adiantado – e marcou o segundo para sacramentar a classificação tricolor:

— Ficaria feliz também se o jogo de 2009 inspirasse a equipe e se outros zagueiros pudessem contribuir com um gol durante o jogo ou até com o gol da classificação. Pode ser o Luccas Claro… Nino não vai jogar (foi para as Olimpíadas), então, pode entrar o Manoel, o David Brás ou o Matheus Ferraz. Quem o Roger escolher para jogar ali acredito que vai entrar bem. Todos vão ser muito importantes. Os jogadores estão unidos, se doando e estou aqui na torcida para que o grupo possa buscar essa classificação contra o Cerro. Vão ser jogos muito difíceis, pode ter certeza disso – disse o zagueiro, em entrevista ao Jornal “O Globo”.

Gum ainda frisou para quem passa a “armadura de guerreiro”, indicando Fred como o líder do batalhão tricolor que vai em busca de mais uma classificação:

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— Por respeito, amizade e admiração, por ser um companheiro de seis anos no Fluminense, eu passo a armadura para o Fred, para ele liderar esse time. E nosso guerreiro estava em campo também em 2009. Infelizmente, ele se machucou e não vai jogar na próxima terça, mas tenho certeza que o Fred tem esse espírito dentro do grupo. Em campo, acredito que o Nenê, até pela experiência, vai ser muito importante para os mais jovens, e outros podem surpreender.

Brahma

O zagueiro ainda lembrou do jogo de 2009, se recordando do episódio que marcou sua carreira e o coração da torcida:

— Aquele jogo foi muito duro, muito difícil, e importante para o clube. Valeu uma classificação para a grande final da Sul-Americana. Lá no Paraguai, ganhamos de 1 a 0, jogando bem. Então, criou-se uma expectativa de que nós iríamos pra decisão, já que ganhamos fora de casa, gol do Fred. Quando veio o jogo no Maracanã, logo no começo, a gente tomou o gol do Cerro (marcado por Cáceres, aos seis minutos), e a partida começou a ficar muito complicada — lembrou Gum, que ainda seguiu – Fui agredido pelo Nanni e o corte iria mesmo me tirar do jogo, porque o sangue não estancava e a gente estava com dez homens em campo. E aí, numa reação natural minha, falei: “Professor, pelo amor de Deus, não me tira, não”. Aí foi quando o Cuca se acalmou e esperou um pouquinho mais. Nisso, consegui colocar a faixa na cabeça, estanquei o sangue e voltei pro jogo.

ST

Foto: Sergio Moraes/Reuters


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