Mário Bittencourt exalta Xerém e afirma: “É uma das grandes soluções do Fluminense a longo prazo”

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O presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, falou sobre Xerém em entrevista ao GE e exaltou a base tricolor. O mandatário afirmou que a dívida acumulada vem diminuindo drasticamente com as vendas de jogadores, no entanto diz que a gestão é talvez a que mais utilizou atletas vindos de Xerém nos últimos 20 anos.

Mário afirmou também que na epoca da Unimed os atletas da base não eram utilizados, nem vendidos com exceção do Wellington Nem, Carlos Alberto e Marcelo. O presidente ainda disse que o Marcelo quando subiu para os profissionais foi vendido quase que imediatamente:

“A gente já vem diminuindo drasticamente a dívida com as vendas e não vende rápido. A gente produz muito e não tem como você fazer um time só de meninos, acho que está mais do que comprovado que a mescla é fundamental. Talvez nós sejamos a gestão dos últimos 20 anos que mais jogadores de Xerém tem no elenco profissional. Quando o Fluminense tinha um patrocinador que investia em jogadores caros, mas já prontos, praticamente não se via nem venda, nem jogando no time principal. O único jogador daquele período foi o Wellington Nem. Ah! Antes teve o Carlos Alberto, Marcelo… Mas o Marcelo subiu e foi vendido quase imediatamente”.

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Mário Bittencourt falou também que o grande diferenciativo do Tricolor das Laranjeiras é justamente Xerém e que se o Flu não tivesse a base, não seria possível realizar a reestruturação na qual o clube está passando. O mandatário relatou que com o passar dos anos e com uma situação financeira mais estável, o Fluminense poderá resistir melhor aos assédios de clubes do exterior:

“O grande diferencial do Fluminense para outros clubes que têm o mesmo faturamento e as mesmas dívidas é justamente Xerém. Se a gente não tivesse a base que a gente tem, a gente obviamente não teria como reestruturar o clube. Xerém é uma das grandes soluções do Fluminense a longo prazo. Obviamente se o Fluminense um dia estiver saneado financeiramente, ele vai poder endurecer mais as negociações, poder resistir um pouco mais aos assédios”.

Na situação financeira atual do clube, o presidente afirmou que o Fluminense ainda não tem condições de resistir as propostas e aos assédios de outros clubes. Ele citou o caso do Luan no Grêmio, onde a diretoria do time decidiu não vender o atleta para o exterior, mas que só pôde fazer isso porque tinha uma situação financeira estável. O mandatário do Flu ainda afirmou que dentro da equipe existe uma boa mescla na equipe titular entre jogadores mais experientes e atletas formados em Xerém:

“Quando você resiste aos assédios, pode acontecer também como o caso do Luan no Grêmio. O Grêmio resistiu, resistiu, resistiu e não vendeu o jogador, mas o Grêmio pôde fazer isso. Com a situação financeira do Fluminense, se eu resisto muito às propostas e aos assédios, eu perco a chance de vender e isso faz muita falta no dia a dia. Mas dizer que as joias não são aproveitadas não é justo. Se você olhar o time que jogou o início da Libertadores, tinha o Calegari, Kayky, Martinelli, Marcos Felipe, Luiz Henrique… O clube hoje faz um mescla muito boa, só que é um clube que produz muito. Por isso, inclusive, a gente tem o sub-23”.

O mandatário tricolor disse que o clube deverá estar saneado em nove anos, se seguir com o mesmo jeito que o clube vem trabalhando. No entanto, afirmou que a venda de atletas não deverá parar somente ao findar desse período:

“Se o clube trabalhar do jeito que a gente vem trabalhando, acho que em nove anos o clube está saneado. É a nossa expectativa. Não é que vamos parar de vender jogadores só em nove anos, porque essa necessidade vai ficando menor. É lei da oferta e procura, você resiste porque você não precisa vender”.

ST,

Edu Marques


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