MAIS DO QUE NA HORA
MAIS DO QUE NA HORA (MARIO NETO)
Valeu a pena esperar até a última hora para escrever este artigo. Se escrevesse ontem, por exemplo, ele estaria defasado porque não passava pela minha cabeça que o Roger pouparia alguns jogadores, Martinelli, Lucas Claro, Gabriel Teixeira, e logicamente o Fred para o jogo de logo mais. Embora tenha relutado em fazer isso, talvez por falta tempo ele deixou estes titulares de fora, que nem foram com a delegação para Bragança. Jogaram todas as partidas e se desgastaram a olhos vistos. Antes tarde do que nunca, estava mais do que na hora do nosso técnico agir assim. Apesar de ter apenas 21 anos Martinelli, na minha cabeça, em que pese o departamento fisiológico pensar o contrário, merecia um descanso nem que fosse por uma semana, já que tem jogo na próxima quinta-feira no Estádio Mario Filho. O desgaste físico dele e de todos estes que ficarão de fora é visível. Três jogos decisivos e desgastantes, contra o River Plate na Argentina, Libertadores da América e dois pela Copa do Brasil contra o Red Bull Bragantino.
É claro que o jogo de logo mais é importante, vale os mesmos três pontos, que lá no final do campeonato podem fazer a diferença em caso de um insucesso. Mas eu prefiro que poupemos agora, para não correr o risco de perder jogadores importantes por contusões mais para a frente. Sei que o Roger e até concordo com ele, não queira “desfigurar” por completo o setor do meio campo e por isso manteve o Yago Felipe (outro que vem jogando todas as partidas), também por falta de reservas, porém é outro que está precisando de uma folga. Entram no time David Brás, Wellington, Paulo Henrique Ganso, Abel Hernandes e o Luís Henrique. Confirmadas estas alterações, é bom esperar até o início do jogo para termos certeza. Quero ver e torço para que o P H Ganso aproveite a chance que está tendo, já que o reserva imediato do Nenê, o Casares, continua passeando no Equador.
Quem me acompanha sabe que perdi a paciência com o garoto Luís Henrique, principalmente depois destas últimas oito partidas (o gol perdido contra o Flamengo e outros tantos não me saem da cabeça), quando ele foi de mal a pior em todas, sem exceção. Já me criticaram, dizendo entre outras coisas que eu estou “queimando” um garoto que tem futuro, que ele sabe jogar e que esta oscilação é por causa da idade. Em primeiro lugar não houve essa tal oscilação, muito pelo contrário. Todas as vezes em que entrou como titular, ou entrando no segundo tempo, ele não participou da partida e não demonstrou vontade de fazê-la em nenhum momento, não marcava, sempre tentava um drible a mais e acabava perdendo a bola, o que gerava alguns contra-ataques para o adversário. Tomara que eu queime a língua logo mais à noite, embora ainda seja pouco para justificar o que vi até agora dele. Que ele se esforce, corra o campo todo, drible na hora certa, enfim, que “apareça” para o jogo. Não é demais pedir isso a um garoto de 20 anos.
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