Fala, professor – Roger Machado: “É um título importante que há um tempo o clube não conquista”

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Por: Edu Marques e Vinícius Brandão

O técnico Roger Machado concedeu uma entrevista coletiva após o empate por 1×1, contra o Flamengo, na primeira partida da final do Campeonato Carioca. O treinador falou sobre a opção de entrar com o time titular em campo, a escolha pelo Gabriel Teixeira ao invés do Luiz Henrique, titular da equipe nos jogos de Libertadores, e a possibilidade de iniciar com o Cazares de titular na próxima partida.

Roger Machado e sua comissão técnica optaram por começar com força máxima na final e com a maioria dos jogadores que foram titulares na semana passada, na Libertadores – exceção do Gabriel Teixeira, que entrou no lugar do Luiz Henrique. O treinador afirmou que o Carioca deve ser valorizado e que é um título importante que o clube não conquista há um tempo:

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“A opção de vir com força máxima era de valorizar a competição como todo deseja que se valorize. Até a semifinal já coloquei alguns jogadores que têm atuado com mais regularidade no time titular. Entendemos que a recuperação dos jogadores foram bem feitas e todos estavam aptos para entrar em campo mesmo nessa sequência grande, é o preço que se paga pelo nosso calendário. Nós tínhamos o desejo de valorizar a competição, porque é um título importante que há um tempo o clube não conquista”.

A única mudança do time titular que começou contra o Santa Fe, na última semana, para a de hoje foi a entrada do Gabriel Teixeira no lugar do Luiz Henrique. O treinador então foi indagado sobre a escolha entre os dois jovens e explicou que foi para tentar explorar os espaços nas costas dos laterais rivais:

“A escolha do Gabriel pelo Luis foi de tentar buscar os espaços às costas, sobretudo dos laterais do Flamengo. O Flamengo joga com muita gente na frente da linha da bola e tem um jogo apoiado pela característica técnica dos seus jogadores, e nessa retomada a gente acionar a velocidade dessa duas peças de velocidade pelas beiradas. O que não aconteceu bem foi que ao retomar essa bola a gente ficou com pouco tempo com a bola no pé. Foram muitos erros técnicos, sobretudo até os vinte minutos do primeiro tempo, onde saiu a penalidade para o Flamengo. Erros técnicos individuais que permitiram que nessa retomada a gente não conseguisse encaixar o contra-ataque e devolvendo a bola para o Flamengo que tem na característica do seu joga essa virtude de ficar com a bola e rodar. Basicamente isso que a gente não conseguiu encaixar nesse primeiro tempo com essa escolha pelo Biel (Gabriel Teixeira)”.

O treinador também foi questionado sobre a escalação inicial da partida e afirmou que o motivo foi para tentar conseguir levar vantagem sob as características do adversário. Roger completou dizendo que o jogo foi dividido em uma etapa comandada pelo rival e que a seguinte foi dominada pela equipe Tricolor:

“A escalação inicial era justamente para que a gente conseguisse fazer um jogo no primeiro tempo e tentar levar uma vantagem a partir do intervalo, imaginando que o Flamengo desse o campo que nos deu, mas que não conseguimos utilizar essas pernas de velocidade. Mas que bom que a gente tem um banco à altura e que com as trocas no segundo tempo, a gente teve uma outra postura. Controlamos e ficamos mais com a bola, não entregamos fácil a bola para o adversário e invertemos os lados. Então, foram dois tempos distintos: um do Flamengo, que chegou ao seu gol e que poderia ter chegado ao segundo, mas na segunda etapa nós voltamos diferentes, melhor, conseguimos o nosso gol e tivemos a bola principal da partida nos nossos pés. Poderíamos ter até vencido a partida. Cada treinador, eu e o Rogério (Ceni) pensamos o que o adversário vai propor de dificuldade e como você pode levar vantagem da característica do adversário. Hoje, no primeiro tempo, não saiu como a gente imaginava, mas no segundo tempo, com as trocas, as coisas fluíram melhores para a partida e a gente fez um bom segundo tempo.”

 

Roger Machado em entrevista coletiva após a partida (Foto: Mailson Santana / Fluminense FC)

Atuação do Nenê e possibilidade de começar com Cazares na próxima partida:

“Antes do segundo jogo nós temos a Libertadores no meio da semana. Cazares, Paulo Henrique tem entrado e entrado bem. Nenê hoje saiu no intervalo por uma iniciativa de eu mudar a característica da função e a gente deixar o Cazares que tem a característica de descer um pouco mais pra dentro do campo e articular essa bola lá de trás. Nós conseguimos sair com pouco mais de lucidez, à medida de que o Cazares pela sua característica fez um jogo diferente que o primeiro tempo que nós precisávamos. Tudo é possível, o Nenê tem contribuído dentro da sua característica, é um dos assistentes da temporada, tem nos ajudado quando está em campo e o Cazares e Paulo tem entrado bem, tudo é possível. O grupo não é fechado entre os onze que iniciam, pode trocar tranquilamente, assim como eu optei hoje pelo Gabriel imaginando um outro tipo de jogo. Depende da estratégia, depende do adversário, tudo é possível”.

Lições do primeiro jogo para utilizar na segunda partida da final:

“Eu costumo dizer que o jogador da frente precisa estar com a perna rápida e sempre botar o pé na bola. Cobro muito as condições defensivas desses quarto jogadores da frente, porque eu entendo que eles mesmos vão se favorecer quando a gente fizer uma pressão adequada ali na frente. Quando o adversário na sua primeira linha consegue construir com um pouco mais de tranquilidade, naturalmente a linha imediatamente tende a sofrer um pouco mais, que no caso são os volantes, laterais e zagueiros. Quando a característica de Caio e Luiz de pressionar e botar o pé na bola gerou um desconforto grande aos jogadores da primeira linha, isso é importante, porque conseguimos empurrar o Flamengo para dentro de campo de ataque quando a gente teve essa pressão mais forte ali na frente. Então foi importante sim, além do jogo ofensivo, constranger o adversário para que ele acelere um passe, tome uma decisão diferente que ele estava pensando inicialmente, ajuda quem está atrás da linha e poder antecipar e fazer uma recuperada por antecipação por muitas vezes. Além do jogo técnico desses jogadores que entraram bem, também teve essa questão de encurtar um pouco mais os marcadores e permitir que a gente pudesse retomar. Nós retomamos bola do campo do adversário, algo que a gente não tinha conseguido no primeiro tempo”.

ST


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