Fala, professor – Roger Machado: “Teremos jogos fortes na próxima fase, mas estaremos também focados na Libertadores”

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Texto escrito por: Gabriel Gonçalves e Davi Barbosa

Na manhã deste domingo (25), o Fluminense venceu o Madureira de virada por 4 x 1 pela última rodada da Taça Guanabara, no Maracanã. Os gols foram marcados por Luiz Paulo, na primeira etapa para os visitantes, e o pelo lado Tricolor Abel Hernández, Bobadilla, Ganso e Gabriel Teixeira deram a vitoria no segundo tempo.

Após o apito final, o técnico Roger Machado concedeu uma entrevista coletiva e analisou o jogo. Para o treinador, o adversário abriu o placar numa jogada de bola parada no momento que estava bastante equilibrado e comentou sobre o posicionamento da equipe no jogo.

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– Primeiro temos que contextualizar o jogo da forma como os adversários vem jogar, sobretudo, dentro da nossa casa como visitante. Procuram, como foi o caso de hoje, jogar em bloco baixo negando espaço para que a gente jogasse. Permitindo só que a gente ficasse com o controle de jogo nos pés dos volantes e dos zagueiros. Entra numa leitura do que está acontecendo dentro de campo e as intervenções a beira de campo, para que a gente buscasse e solucionasse os problemas. O adversário construiu seu gol com uma jogada de bala parada num jogo que estava bastante equilibrado, com poucas chances para ambos os lados. No primeiro tempo, carregamos a linha com quatro jogadores e ficou com pouca gente dentro do bloco para articular essa bola. O que faz ao basear a linha adversária você não tem o espaço para jogar na frente dos zagueiros. Quando a gente corrigiu esse posicionamento, gera dúvida na primeira linha e você tem a possibilidade de jogar dentro ou ter as costas em profundidade, como por exemplo, foi o gol de Abel. 

Sobre o objetivo da vitória

– O objetivo da vitória hoje não era fugir do clássico. Era ter a vantagem que o segundo lugar tem em relação ao adversário que vamos enfrentar. Claro que era importante a gente vencer hoje. Teremos jogos fortes na próxima fase, mas estaremos também focados na Libertadores. E isso divide as atenções. Os jogadores que entraram hoje e puderam contribuir com a vitória hoje, nos dão confiança que ao contratar esses jogadores com características em se adaptarem em outras funções, nós não contratamos 4 ou 5 jogadores, contratamos mais. Porque eles se desdobram dentro de campo, podendo atuar em diversas posições. O nível do treino já aumentou muito, a competitividade também. O jogador não é reserva, ele está sendo contextualmente como suplente. Cada jogador tem sua história e eu costumo dizer para os atletas que o campo é um grande mercado. Me compra cinco minutos em campo, que eu ofereço mais em outras circunstâncias

Foto: Lucas Merçon/Fluminense FC

Atuações de Bobadilla e o Abel Hernández jogando juntos

– São jogadores com características diferentes. O Raul é um centroavante, mas também tem mobilidade. Então consegue jogar como segundo atacante, algo que no Brasil muitas vezes a gente perdeu imaginando que sempre é preciso um meia por trás. O que eu propus hoje foi jogar com dois jogadores na área e com um deles sempre procurando os espaços nas costas dos volantes. Mas os poucos espaços no jogo restringiram as nossas ações, né? Mas de modo geral eu acho que funcionou bem, principalmente no segundo tempo. E eu acho que foi uma boa estreia, né?

Opinião sobre Paulo Henrique Ganso

– Agora, com relação ao Paulo, tenho que elogiar o profissionalismo dele. O Paulo me relatou que gostaria de ter mais tempo em campo. Mas eu relatei que essa função que o Paulo atua deve ser muito mais como meia atacante do que um meia articulador, mais próximo da área. E o Paulo tem cumprido muito bem quando está em campo. Na entrevista passada eu disse que gostaria de poder colocar todos os jogadores no banco à minha disposição para poder escolher, mas infelizmente não posso. Então, pra determinado compromisso, infelizmente, eu vou ter que deixar alguns jogadores e muitos deles importantes. Essa não foi a primeira e nem vai ser a última que isso acontece. E o jogador cava seu espaço dentro de campo, como o Paulo conseguiu fazer o seu belo gol e nos ajudar.

Se a escalação de um time experiente foi algo pensado e sobre o Gabriel Teixeira

– Eu não pensei na experiência, mas sim no tipo de esquema que eu queria usar. A dificuldade pode ter a ver com um pouco de desentrosamento, né? Alguns jogadores atuam pouco, sobretudo ali na frente. O Abel e o Raul não estavam tão habituados à nossa mecânica, né?

Quanto ao Biel, já nos primeiros jogos com o sub-23 ele me chamou a atenção. Principalmente a sua personalidade e o seu comprometimento com as fases do jogo. E imediatamente pedi pra que ele fizesse parte desse processo, porque eu imaginei que ali um jogador de muito potencial estaria surgindo. E ele tava ansioso (pelo gol), né? Porque entrou todos os jogos participando bem. É um jogador que finaliza muito bem com ambas as pernas e ainda não tava tendo sorte. E o atacante fica ansioso pelo seu gol, né? É um jogador que eu vejo com grande potencial, uma janela muito grande de evolução, tanto técnica, quanto física.

Foto: Lucas Merçon/Fluminense FC

 

Foto Destaque: Lucas Merçon/Fluminense FC


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