Venhamos e convenhamos…. Vencemos! Mas não convencemos…
A noite de ontem foi válida pelos 3 pontos conquistados, razão do alívio na galera tricolor (voltamos a colar no G6 e nos afastamos de Santos e Corinthians – que ainda tem 2 jogos a menos), chegamos aos 46 pontos e, por mais disparate que possa parecer, estamos com a mesmíssima pontuação do primeiro turno (14 pontos em 11 jogos). A diferença é que invertemos algumas vitórias e derrotas (Flamengo e Sport, por exemplo – perdemos no primeiro turno e vencemos no segundo), mas seguimos os mesmos passos. A diferença? Bom, os últimos jogos, sob o comando de Marcão, explica.

Ontem assistimos o mesmo modelo de jogo. Um tripé maluco no meio de campo – pelo menos com Martineli e Yago – com dois volantes e um meia, que já provou que não funciona na ligação das jogadas, deixam o time num deserto criativo que dá gosto, muito amargo, de se ver. Qual a dificuldade do nosso treinador em armar um quadrado no meio, coisa simples? Luiz Henrique jogou numa função que mas se assemelhava àquela que deu fama a Usain Bolt. O moleque entrou para correr e correr e foi o que fez. Quando a bola ia nas mãos de Marcos Felipe, o Luiz Henrique estava ali, na ponta da área defensiva. Não foi opção de contra-ataque em nenhum momento. Luca fazia o mesmo pela ponta dele – que alias estavam invertidos, no primeiro tempo. Fred, mais uma vez isolado, voltava para tentar armar as jogadas. Aí, sem brincadeira, o Flu jogava assim:
O ponta era lateral; o meia de ligação era o volante; o centro-avante era quem buscava armar o time; e o meia jogava num espaço onde não produzia nada. Quando recuperava a bola não tinha sequência para o ataque e quando perdia era um Deus nos acuda na zaga. Conseguimos ser pressionados pelo Sport, com um a menos.
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Como vai funcionar isso? Pois, é… Não vai.
Marcão, em 2019, quando assumiu o time em meio ao caos, tentou manter o que Diniz vinha fazendo, mas com uma recomposição diferente. Ao invés de pressionar a saída de bola, ou quando perdia a posse, seu time retomava o setor defensivo e aguardava a chegada do adversário. No seu meio, Ganso jogava mais próximo da área e só não foi o rei das assistências porque os seus companheiros perdiam gols atrás de gols. Era mais um quadrado ali no meio. Nos dois primeiros jogos, Marcão usou Alan, Daniel, Ganso e Nene juntos, com Yony Gonzáles e João Pedro comandando o ataque. Venceu 3 e empatou 1 (Grêmio, Botafogo e Bahia – Cruzeiro). Ainda variava com as entradas ora de Airton, ora de Yuri, mas mantinha a consistência no meio. Fazia escolhas equivocadas, é bem verdade – como substituir Daniel por Lucão (aquele do Break) e acabar com as chances de vitória no sofrível empate diante da Chapecoense, em pleno Maraca.
Tá certo que as peças que ele tem hoje são diferentes. Gilberto (amado e odiado ao mesmo tempo) e Caio Henrique eram os alas, além de Yony, Wellington Nem, João Pedro, Alan e Daniel já deixaram o clube. Mas hoje, temos Martineli, André, Calegari, Luiz Henrique, John Kennedy… Bota a molecada para jogar. Forma ali, no meio, um quadrado com Martineli, André, Ganso/Nene e Michel Araújo e forma uma dupla de ataque. Fred, John Kennedy, Samuel Granada, Luiz Henrique… Deixa esse time jogar. Todo mundo ai sabe, e muito. Se colocar o Ganso onde ele pode render mais, com um meio leve, que corre… ou o Nene, mais próximo do Michel Araújo, jogando como meias, o time fica mais solto, sem perder a combatividade. A galera quer ver a base em ação, e essa é a solução.
Se o presidente lhe tem confiança pelo que você fez em 2019, repita o que você fez em 2019. Libertadores é obrigação.
ST