OBRIGAÇÃO (MARIO NETO)
OBRIGAÇÃO (MARIO NETO)
A derrota de certa maneira ridícula do para os reservas do Grêmio, nos obriga a conquistar pelo menos três pontos nos próximos jogos: hoje contra o Palmeiras na Arena deles e depois contra o Internacional no Beira Rio, no próximo fim de semana. Isto significa dizer que perder logo mais contra um Palmeiras todo quebrado, com inúmeros desfalques, nos colocará possivelmente fora da zona da Pré – Libertadores da América. Mesmo jogando sem torcida, o que não é nenhuma novidade e com os problemas de escalação do Palmeiras, não apostaria que levaremos vantagem sobre este aspecto logo mais, pois como já disse várias vezes quanto pior estiver teoricamente o adversário pior para nós, basta pesquisar os resultados quando isto ocorre. Não sabemos aproveitar este fato. Paradoxalmente, por mais que não seja lógico, eu preferiria pegar o Palmeiras quase completo, ou inteiro.
Ao contrário do que vimos contra o Grêmio na primeira rodada deste returno, não seremos nós a propor o jogo, aliás o que não sabemos fazer, está mais do que provado há muito tempo. Isso ficará à cargo do nosso adversário, teremos que ter cuidados principalmente no primeiro tempo, evitar a profusão de passes errados que estão nos acompanhando desde muito tempo e não desperdiçar inúmeros contra-ataques, que têm sido uma das nossas várias rotinas. Desta vez Odair Helmann já definiu o time na véspera da partida. É o mesmo que jogou contra o Grêmio, com o Nenê (no lugar do Caio Paulista), que volta depois de uma contusão. Mesmo sem estar com cem por cento das suas condições físicas é um reforço legal, os motivos são bem claros.
Odair teve mais uma semana inteira para treinar o time e deve ter muitas razões para manter o Igor Julião, que tem limitações dos pés à cabeça, como também o Michel Araújo que depois que foi efetivado como titular na volta do futebol após a paralização com ótimas atuações caiu barbaramente de produção, a ponto de ter uma participação lamentável contra o Grêmio, quando se mostrou apático desde o apito inicial. Essas opções do Odair Helmann de manter principalmente o Igor Julião na equipe titular, levam seus críticos mais ferrenhos à loucura. Como já escrevi várias vezes, não concordo de jeito nenhum com o fato de atribuírem o seu ótimo trabalho no turno
à sorte. Apesar da frase famosíssima do Nelson Rodrigues “que sem sorte você não chupa nem um pirulito”, ele teve muitos méritos nesta campanha surpreendente do nosso time.
Antigamente dizia-se que “em time que vem ganhando não se mexe”, o que não é o caso de hoje por “N” motivos. Porém, levando essa velha máxima do passado, o time perdeu a última partida, o que poderia dar uma brecha ao Callegari de voltar à titularidade na posição. Não é a solução para a lateral direita, mas no momento é a única viável. Se por um lado Callegari tem deficiência, o Igor também tem e na marcação, no apoio é melhor. Enfim, se o Odair Helmann não pensa assim, vamos em frente, pois sofrimento não faltará logo mais contra o Palmeiras, rezando para não repetirmos os erros e muito menos a apatia que nos “abateu” na estréia do returno.