MÁRIO NETO – Sofrimento até o fim
Quanto mais rezo mais assombração aparece. Este dito popular serve perfeitamente para o futebol que o time do Fluminense tem apresentando no momento. Depois da vitória, a goleada contra o Paraná, eu me iludi, achei que a irregularidade e o péssimo futebol eram coisa do passado, que muito antes da última rodada o time conseguiria os oito pontos que restam, para escaparmos do rebaixamento. Confesso que esta é a minha maior preocupação neste Brasileiro, por causa dos desmando desta administração, mas pelo jeito e pelo que vi contra o Flamengo, coloquei novamente as barbas de molho, ou seja, não tem jeito: sofrerei até a ultima rodada. Um time tem o direito de jogar mal, uma vez, duas vezes e daí em diante, como é o caso do meu Tricolor. O que não admito é uma equipe atuar noventa minutos sem levar nenhum perigo à área adversária e sem imaginação nenhuma.
Em quase todas as suas partidas, o Fluminense teve mais posse de bola (diga-se de passagem que não vale muita coisa) do que o adversário. É uma troca de bolas insossa, que não passa quase nunca da parte defensiva, não passa do meio campo, uma coisa irritante, que a torcida tricolor não aguenta mais. A desculpa dos insucessos é sempre a mesma: tomamos gols de bola parada. Ninguém se refere ao modo irritante de tantas trocas de passes inúteis. Os goleiros dos adversários podem sair do campo sem tomar banho e jantar com a família.
Pelo menos para uma coisa esta derrota vergonhosa para o Flamengo serviu: depois dos quatro a zero contra o Paraná, alguns tricolores tentaram me convencer que o Sornoza não fazia falta ao time, porque, vejam vocês, o Marco Junior (também conhecido como vovô promessa, isto porque é uma promessa desde 2010, ele Marco Junior não tem nenhuma visão de jogo) desempenhou muito bem a função do equatoriano. Por pouco não infarto diante disso. Ainda bem que veio logo depois o jogo contra o Flamengo para acabar, sepultar de vez essa bobagem. Domingo é um jogo importantíssimo contra o Galo, qualquer outro resultado, que não seja a vitória, nos coloca novamente numa posição incômoda na tabela. Depois pegamos o Santos e o Palmeiras fora de casa. Não peço muita coisa para esta partida contra o Atlético Mineiro. Apenas muito mais agressividade e que levemos algum perigo à área adversária.