PÉS NO CHÃO , CALMA PESSOAL (MARIO NETO)
PÉS NO CHÃO, CALMA PESSOAL! (MARIO NETO)
Nada mais passional da cabeça aos pés do que a nossa torcida, não existe coisa igual no mundo. Pouco tempo atrás o temor, de certa forma justificável pelos nossos últimos seis anos, brigando literalmente para não cair, de que a história fosse se repetir. Depois desta inesperada subida de produção, invicto há sete partidas, chegando à surpreendente quarta posição no campeonato Brasileiro, os tricolores como disse passionais da cabeça aos pés, não só pensam na possibilidade real, segundo eles de conquistar apenas uma vaga direta para a próxima Libertadores da América (não fazem por menos, tornou-se uma obrigação) como também juram de pés juntos que podemos ser campeões. Coisa de louco, pés no chão minha gente, depois o tombo pode ser maior. Como já disse diversas vezes, vamos em primeiro lugar “garantir” no final do campeonato a presença na primeira parte da tabela, coisa que já perdemos de vista há muitos anos.
Uma coisa não muda em relação a estes tricolores: tudo o que acontece ou aconteceu de ruim a culpa é do Odair Helmann. Eu mesmo o critiquei algumas vezes, de certa maneira com razão, com as suas substituições durante uma partida, até as escalações, mas ele tem seus méritos nesta boa campanha. No início do ano fomos eliminados de maneira vexatória na Copa Sul-americana, mas neste caso mesmo levando-se em conta que foi uma senhora vergonha, era um início de um trabalho, o que serve de uma desculpa. Depois fizemos um Campeonato Estadual “a meia boca”, a rigor só jogamos bem nas duas partidas finais com o Flamengo, perdemos por causa da diferença enorme de elenco das duas equipes.
Em seguida outro vexame, este sem desculpa plausível, que foi a eliminação na Copa do Brasil. Mas cá prá nós não é justo culpar somente o Odair Helmann, pois os nossos jogadores cometeram nos dois jogos contra o atlético Goianiense inúmeros erros técnicos e individuais. Depois dessas desgraças todas, por incrível que possa parecer, o time vem subindo de produção, o que tem muito a ver com o fato de que agora só temos uma competição para disputar pela frente. Não sei se ainda tivéssemos disputando a Copa do Brasil estaríamos nesta posição no campeonato, pois sabidamente não temos elenco para jogar para o bem o para o mal duas ou mais competições, atuando quarta feira e domingo ou sábado seguidamente.
Com todas estas dificuldades, chegamos ao quarto lugar no Brasileiro. Mesmo que seja momentaneamente é uma realidade. E isto, por mais que os muitos radicais (não é mesmo Mario Presidente?) tricolores não aceitem e querem a sua saída,(um absurdo) Odair Helmann tem seus méritos. Certo ou errado, depois de anos e anos sem um esquema, o Fluminense tem seu modo de atuar. O criticam, como eu fazia, pelo fato de jogar defensivamente, mas depois de algumas análises eu parei e pensei. Como jogar na defesa se o Fluminense hoje é o terceiro ataque mais positivo do campeonato? Não tem sentido. Ainda tenho algumas desavenças de opinião com ele, do tipo substituições, Marcos Paulo, Igor Julião etc. Odair Helmann tem a seu favor o vestiário, não vi nada que diga ao contrário até agora. Sábado outra pedreira pela frente: o Fortaleza lá na casa deles e para variar com muitos desfalques no time. Aliás, outra coisa que conta positivamente para o técnico é que com tudo isso contra estamos entre os quatro primeiros colocados no