Com elenco curto, tricolor sofre com lesões após retorno do futebol
As lesões vem assombrando o elenco do Fluminense, nesse período pós-retorno do futebol. Desde o primeiro jogo oficial, contra o Volta Redonda, no dia 28 de junho, ainda pelo Campeonato Carioca, até hoje, o Flu já sofreu com 22 lesões. E isso se dá por conta da maratona de jogos. Somando os curtos períodos de intervalo entre os jogos com todo o desgaste e tempo perdido com deslocamento, ainda à falta de tempo para descanso e preparo, e atrelado a um elenco curto, o resultado é que os jogadores acabam indo para os jogos mais desgastados. Para superar essa fase, o tricolor precisou se superar e se reinventar.
Hoje, ocupando a sexta posição na tabela de classificação, o Fluminense chega até a surpreender a muitos. Sobretudo após a sequência de 6 jogos, em 19 dias, que passou de forma invicta. Foram 12 pontos conquistados (3v e 3e) em 18 disputados, que ajudou a chegar nos 26 pontos atuais. Muitos tricolores ainda lamentam melhor sorte (e apresentação) diante do Ceará, na última rodada, mas o jogo também testemunhou o desgaste que o Flu vem sofrendo. Yago sentiu, logo no início, e deixou o gramado com uma lesão na coxa.
Não foi a primeira vez que um jogador tricolor deixou o campo nos primeiros minutos de jogo. Antes do meiocampista, Fernando Pacheco havia deixado o jogo contra o Galo, também nos minutos iniciais. E tem mais exemplos: Wellington Silva, que saiu antes dos 20 minutos, na goleada sobre o Coritiba; Ferraz, Digão, Yuri, Caio Paulista, Hudson e Muriel… Os problemas traduzem o que vem sendo a realidade tricolor. Sem ter elenco para rodar, os jogadores acabam se desgastando muito. Michel Araújo, apesar de não ter lesão confirmada, também desfalcou o time, com dores na panturrilha.
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Com todas os problemas médicos de atletas lesionados e os que contraíram o coronavírus, a campanha da equipe no brasileiro e o sexto lugar na competição, com 26 pontos, se tornam ainda mais surpreendente. O atacante Fred, por exemplo, teve cinco interrupções em sua tentativa de voltar a ter uma sequência de jogos.
Além disso, a venda de jogadores importantes também afetaram o time comandado por Odair Hellmann. Gilberto e Evanílson, que eram titulares, foram negociados com os portugueses Benfica e Porto, respectivamente. O treinador ainda não teve reposições para as baixas. O atacante Lucca veio para reforçar o setor, mas não possui as mesmas características de Evanilson. Na lateral, Calegari subiu da base e se apresentou bem, mas contraiu Covid-19 e voltou ao banco de reservas. Igor Julião assumiu a vaga e vinha jogando bem. No entanto, não conseguiu repetir as boas atuações no empate em 2 x 2 contra o Ceará na última rodada do Brasileirão.
No duelo contra a equipe cearense, Yago Felipe deixou o campo ainda no início de jogo. Odair comentou sobre a perda do jogo. “As lesões sempre acontecem no futebol, mas quando você tem uma exigência como a que está acontecendo agora, os jogadores estão muito mais propícios a lesionar. Não significa que não possam acontecer lesões quando você tem um espaço de tempo, porque os atletas vão ao limite físico”, opinou o técnico tricolor.
Antes do volante, Fernando Pacheco e Wellington Silva também já haviam sofrido lesões musculares no início dos jogos contra Atlético-MG e Coritiba, respectivamente. O zagueiro Matheus Ferraz também saiu de campo contundido contra o Botafogo. Além deles, Michel Araújo sentiu a panturrilha e desfalcou a equipe nos últimos jogos.
Os cinco jogadores se lesionaram nos nos últimos 22 dias, período em que o Flu disputou seis jogos. Nas 17 rodadas do Brasileirão, o tricolor poupou jogadores apenas contra Sport e Atlético-MG, e como alguns setores estão carentes de reposição, as lesões começaram a aumentar. Digão, foram outros jogadores que sofreram com o problema.
No entanto, há quem se sobressaia na parte física. Mesmo com 39 anos, Nenê é o jogador de linha que mais jogos disputou pelo Fluminense em 2020, além de ser o mais velho do elenco. O veterano atuou em 36 das 42 partidas que o Fluminense disputou esse ano, ficando de fora em seis oportunidades – uma por conta da covid-19 e cinco sendo poupado.
O meia já fez 19 gols na temporada e é artilheiro do time no ano. Sem histórico de lesões e com a saúde privilegiada, Nenê tem um planejamento específico da comissão técnica e equipes envoltas para desempenhar seu melhor potencial. Nos testes físicos, por exemplo, o atleta tem fôlego de um jovem com menos de 25 anos, um fator importante para a sua permanência entre os titulares