Odair: “A nossa busca é o próximo jogo, sempre”

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Depois da vitória sobre o Bahia, Odair concedeu entrevista coletiva no Maracanã. Em algumas oportunidades, o treinador enfatizou a importância de se trabalhar jogo a jogo daqui para frente, ressaltando que ainda estamos no primeiro turno do campeonato. O técnico também aproveitou para falar sobre o retorno – gradual – dos jogadores infectados pela Covid-19, destacando que não os efeitos colaterais dessa doença ainda são desconhecidos. Questionado também sobre o episódio com o técnico Mano Menezes, Odair disse não ter nada a declarar.

Confira as respostas:

Queria que você fizesse uma análise do jogo. E não uso de quem estava com covid…

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Vitória importante para caminhada, jogo difícil em todos os sentidos. A equipe se comportou bem em todos os aspectos. Hoje não teve muitas situações, foi muito competitivo. Nenhuma das duas equipes conseguiu finalizar muito, mas a gente finalizou com jogadas trabalhadas, fomos efetivos, o pênalti existiu. Fiquei com dúvida do primeiro, que nem foi revisado. A equipe mereceu a vitória, fez a transição em velocidade também, criou situações de infiltrações e tabelas, a gente conseguiu evitar os contra-ataques também. No final de tudo, o merecedor da vitória foi o Fluminense. Mais uma vitória, como eu digo, cada jogo é uma final para nós. A gente precisa manter essa sequência, essa força. Sobre os jogadores, eles não ficaram apenas 10 dias parados. Eles estavam doentes, com uma doença que não conhecemos. A gente não sabe qual a consequência de um atleta de alto rendimento. Eles treinaram a partir de terça, se eu estivesse observado que algum deles tinha uma situação mais favorável, eu ia colocar. Fizemos uma análise com toda a comissão. E também tem a questão da confiança no grupo, que foi muito bem nos últimos jogos. E aí tomei essa decisão, e vai ser assim na quarta-feira, e na sequência. Respeito e igualdade a todos.

No final da partida, o técnico Mano Menezes não te cumprimentou. A cena chamou atenção. O que aconteceu nesse momento? Ele falou com você depois? Essa interferência pode influenciar o jogo?

Nada a declarar.

O Fluminense chega a 24 pontos e o presidente tinha dito que o objetivo era uma vaga para Pré-Libertadores. Acha que está no caminho para completar esse objetivo?

Até agora a gente está fazendo um excelente campeonato. Claro que com dificuldades, mas o grupo tem qualidade, tem esforço, dedicação. É só o caminho, o fim é lá em Fevereiro. O próximo jogo é uma final e assim sucessivamente. A gente tem que ter tranquilidade nas derrotas, e com uma sequência positiva como essa a gente tem que ter o mesmo equilíbrio, principalmente nesse momento que ficamos sem 14 jogadores. Mas estamos só na 15ª rodada, quando perder, temos que buscar melhorar, e nas vitórias também, para continuar organizado, competitivo. E não colocar limites, se não esquecemos do próximo jogo. A gente tem que ir passo a passo, sabendo que estamos representando um time gigante.

No momento que todos estiverem 100%, o que isso pode representar na tabela.

A nossa busca é o próximo jogo. Cada jogo é muito difícil, o Atlético é o líder e tem uma imposição muito grande dentro de casa. O uso do grupo é importante, a não repetição de escalação já acontece, imagina nesse ano de pandemia. Nossa visualização não é para Fevereiro, é para amanhã. Uma atitude de grupo importante é que o atleta não pode pensar apenas em si. Ele tem que querer individualmente. Hoje estava definido que o Fred ia bater. É difícil até escolher. Eu tinha decidido pelo Fred, que entregou a bola ao Nenê e o gol saiu. Ele visualizou que era melhor, e cedeu. E pode acontecer o contrário também. São situações de representatividade. Você ter essa sensibilidade, essa maturidade, esse olhar coletivo. Atitudes individuais em prol do grupo.

No primeiro tempo, você achou que foi pênalti no toque de mão? E a outra questão é que tem que pensar no próximo jogo? Como você projeta esse jogo? O Michel Araújo volta?

Eu não vi com calma, mas parece que  foi pênalti. O segundo eu achei pênalti também. A primeira eu só recebi comentários de que foi. Tem a situação do VAR, tudo bem, passou. Aconteceu algo parecido contra o Goiás, e sofremos o pênalti. O Michel eu acho difícil. Eu tenho ficado que a gente tem usado algumas variações táticas dentro da própria partida. E vamos tentar tirar esse jogo de imposição do Atlético, para minimizar esses pontos fortes e dar volume para criar nossas situações. O conceito central não muda, só pequenas.

Depois do jogo de quarta-feira, o Fluminense só vai jogar aos finais de semana. Qual a importância de ter a semana livre para trabalhar levando em conta esse caótico calendário?

“A gente tem feito essa maratona. Quando a gente tiver espaço, a gente tem que aproveitar para trabalhar forte, para manter esse nível de disputa, de atuação, para continuar caminhando na ponta da tabela, sendo impositivo. E usar bem essa semana, não deixar cair ritmo de treinamento, de dia-dia. E ir pro jogo, melhorar em relação ao anterior, para se manter nesse nível de caminhada.”

Odair, sobre o Nenê. Ele é o jogador mais insinuante do seu esquema tático. E sobre o pênalti, você determina quem bate?

“Eu sempre defino dois ou três batedores, mas eles tem a liberdade de mudar dentro do campo. É um grupo, é uma atitude muito importante, o sentimento do companheiro. E isso faz diferença numa vitória. Esse tipo de ação do individual para o coletivo faz diferente. Eu sempre defini o pênalti. Fred e Nenê são dois grandes batedores.

O Nenê está fazendo um grande ano, se dedica todos os dias. É um cara que treina muito, mesmo aos 39 anos. Ele sempre foi profissional e treina muito. Eu busco variações para ajudar e potencializar as características dele e do Fred, por exemplo. A gente tem buscado variações táticas, buscado trocar os posicionamentos, para fortalecer as características dos jogadores. Nem o primeiro turno terminou, a vitória acabou e a partir de amanhã é muito trabalho para fazer um bom jogo na quarta-feira.”

ST!


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