TAPA NA RODADA #13 – Visão geral e o “melhor dos mundos” para o Flu

O Grêmio, de Renato Gaúcho, recebe o Inter, do Eduardo Coudet, embalado pela classificação às oitavas da Libertadores. E o time de três cores do sul ainda defende uma invencibilidade histórica contra os colorados: já são 10 jogos sem derrota. E tem uma arma que vem crescendo muito na temporada. O atacante Pepê, que teve a dura missão de substituir Cebolinha, vem infernizando as zagas adversárias. Renato ainda encontrou um esquema de jogo que vem se mostrando eficaz, montou o meio-campo com três volantes, no 4-1-4-1, e vem consolidando sua forma de jogar. Já pelos lados do beira-rio, Coudet sabe da importância de um resultado positivo, sobretudo nos domínios do rival, onde o Inter não ganha desde 2014 (ou 13 jogos). E o treinador conta com a pontaria de Thiago Galhardo, que já anotou 14 gols na temporada, sendo nove pelo Brasileirão. O artilheiro ainda dá uma de garçom. Já foram sete assistências na temporada. Além de Galhardo, Coudet finalmente vai poder voltar a escalar seu meio de campo ideal, com Rodrigo Lindoso, Edenílson, Boschilia e Patrick – o que não ocorria desde vitória por 2 a 0 sobre o Botafogo, em 29 de agosto, quando a equipe de vermelho liderava o campeonato.

• Escalação provável do Grêmio: Vanderlei; Orejuela, Paulo Miranda (Rodrigues), David Braz e Cortez; Matheus Henrique, Lucas Silva, Darlan (Maicon); Alisson, Pepê e Diego Souza
• Escalação provável do Inter: Marcelo Lomba; Heitor, Rodrigo Moledo, Víctor Cuesta e Uendel (Leo Borges); Rodrigo Lindoso, Edenilson, Patrick e Boschilia; Thiago Galhardo e Abel Hernández

Melhor dos mundos para o Flu – para aqueles que olham para a parte de cima da tabela, o melhor seria uma vitória do Grêmio, pois manteria o Inter com 21 pontos. Com a vitória tricolor no clássico, o Flu chegaria aos 20 e encostaria no time de vermelho. Ainda assim um empate não seria mau resultado.

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O último invicto do campeonato, o Palmeiras, de Vanderlei Luxemburgo, recebe o Ceará, de Guto Ferreira, com a missão de colocar um ponto final na série sem vitórias – já são três empates seguidos. E para isso, Luxemburgo deverá repetir o time que goleou o Bolívar no meio da semana pela Libertadores. Já Guto, que vem de uma derrota no meio da semana para o Fortaleza, precisa se virar para montar seu time, uma vez que cinco jogadores apresentaram desgastes físicos importantes e ficam fora do jogo – Bruno Pacheco, Fernando Sobral, Luiz Otávio, Samuel Xavier e Vina sequer embarcaram para São Paulo. Com isso, e com o fator casa, o Palmeiras se torna o grande favorito para o jogo. Mas o ideal para os tricolores seria um empate, ou até mesmo a improvável vitória dos cearenses. Isso porque o Palmeiras ocupa o quarto lugar, com 19 pontos (dois a mais que o Flu) e com um empate iria a 20 pontos. E, mais uma vez contando com a vitória tricolor, empataríamos em pontos (20-20), mas ultrapassaríamos os verdes de São Paulo no número de vitórias (primeiro critério de desempate).

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O bragantino, do treinador  Maurício Barbieri recebe o Corinthians, do interino Dyego Coelho, com a missão de pontuar para sair da zona da degola. E Barbieri conta com dois retornos e uma baixa. A baixa fica por conta de um dos principais nomes do time, o meia Claudinho, que foi vetado pelo DM e está fora do jogo (dores na coxa direita). Do outro lado, ele poderá contar com os retornos de Thonny Anderson e do atacante Leandrinho, que retornam e devem ser utilizados no decorrer da partida. Já pelo lado corintiano da história, Coelho conta com o retorno do lateral Fágner. O treinador sabe que precisa do resultado, pois o time está apenas dois pontos da zona da degola e vem de um empate frustrante com o Atlético-Go. Para o Flu, o melhor dos mundos seria um empate, para segurar os dois na parte baixa da tabela.

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O Flamengo, de Domènec Torrent, recebe o Athlético-PR, do interino Eduardo Barros, com a possível volta do grupo de jogadores afastados pela covid-19: Everton Ribeiro, Rodrigo Caio, Léo Pereira, Gustavo Henrique, Thuler, Arão, Renê, Gabriel Batista, Pepê e Gomes vão treinar sábado e podem ser relacionados contra o Athletico, domingo. A dúvida está em quem comandará o time. O próprio treinador testou positivo para a covid e, apesar de ter cumprido o afastamento protocolar, ainda será reavaliado pelo médio do clube. O auxiliar, Jordi Guerrero, que comandou a equipe nos dois últimos jogos, testou positivo e está afastado. Pelo lado paranaense do jogo, o treinador ainda faz mistério, mas deve preservar os jogadores mais desgastados. O lateral-direito Jonathan, o volante Wellington e o zagueiro Pedro Henrique (que inclusive saiu de ambulância no último jogo – levou uma pancada na cabeça, mas já está bem) podem ser poupados. Para o Flu a vitória do Athlético é o ideal, mas pela rivalidade. Mas se olharmos friamente, um empate seria o melhor pois, junto com a vitória tricolor, ultrapassaríamos o time de regatas na tabela de classificação e o time do sul ainda ficaria mais abaixo.

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O Coritiba, do técnico Jorginho, recebe o São Paulo, do técnico Fernando Diniz, sem poder contar ainda com a contratação mais recente. Ricardo Oliveira, não joga desde março, e ainda busca a melhor condição física. Por outro lado, Neilton, recuperado de uma entorce no tornozelo estará de volta. Na zona de rebaixamento, com 11 pontos em 17° lugar, o Cortiba quer fazer valer seu histórico de vitórias, diante do São Paulo, em jogos no Couto Pereira. Mas não será uma missão fácil. Muito pressionado pela torcida após a fatídica eliminação na fase de grupos da Libertadores, os paulistas querem a reabilitação logo, para respaldar o trabalho de Diniz, que vem sendo alvo de constantes críticas da torcida são-paulina. Em terceiro, com 19 pontos, o time de três quer a vitória para não deixar o líder escapar. Mas, para o Flu, a vitória dos donos da casa seria mais interessante, pois também ultrapassaria o time do São Paulo. Um empate, no pior dos casos, também seria melhor do que uma vitória do time do Diniz.

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O Bahia, de Mano Menezes, recebe o Sport, do técnico Jair Ventura, e quer seguir no embalo da vitória no meio da semana, jogando fora, contra o Botafogo – partida adiada da primeira rodada. Contudo, com uma possível baixa e uma provável estreia. O meia Rodriguinho, com dores no tornozelo, ainda é dúvida para o jogo. Já o zagueiro Anderson Martins participou da atividade atuando ao lado direito da defesa, formando a dupla com Juninho e deve ir para o jogo. No mais, Mano deve repetir a equipe que venceu na última rodada. Lutando contra o Z4 (o primeiro time fora da zona) os baianos vem pressionados para o jogo. Pelo lado do Sport, Jair Ventura conta com o retorno do atacante Marquinhos e do volante Ronaldo para o jogo.  A equipe ainda treina no sábado pela manhã antes de embarcar para a Bahia e Jair quer aproveitar a boa fase do time, que vem de duas vitórias consecutivas. O time de Recife está em oitavo, com os mesmos 17 pontos do Flu. Com isso, uma derrota deles não seria ruim para o tricolor, que abriria três pontos.

O Fortaleza, do técnico do “milenar” Rogério Ceni, recebe o Atlético-GO, de Vagner Mancini, querendo embalar na boa vitória diante do Ceará – seu principal rival – pelas finais do estadual. Na semana em que completa 1.000 dias à frente do comando técnico do clube, Ceni aposta nas bolas aéreas, fundamento que vem trabalhando muito, e quer surpreender com as cobranças fechadas e ‘venenosas’. Além disso, o treinador espera conseguir render bem pelas laterais, onde reveza seus quatro jogadores do setor. Já pelo lado goiano, Mancini terá de armar seu time sem Matheus Vargas. O jogador está emprestado pelo próprio Fortaleza e fica de fora por questões contratuais. Além dele, Gilvan também deve ficar fora. Com uma contratura na coxa, o zagueiro até seguiu com a delegação, mas dificilmente entrará em campo. Para o Flu, um empate seria ideal, pois seguraria os dois clubes abaixo na tabela e, com a vitória no clássico, aumentaria em dois pontos a vantagem para cada um.

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O Goiás, do recém empossado técnico Enderson Moreira, recebe o Santos, de Cuca, e espera começar a reverter a situação em que o clube se encontra. Na lanterna da competição, com apenas nove pontos em nove jogos disputados (tem partidas adiadas para realizar), o esmeraldino não teve muito tempo para trabalhar com o novo treinador. Mas, Enderson pretende, na base da conversa, buscar melhorar o rendimento do time dentro de campo. O que não será nada fácil, pois o Santos, com os mesmos 17 pontos do Flu, quer estender a boa fase. Perto de superar e melhor marca de Sampaoli, quando comandou o peixe, Cuca vem de uma sequência muito positiva e invicta. Classificou o time às oitavas da Libertadores e não perde desde o dia 30 de agosto – de lá para cá foram cinco empates e quatro vitórias. Para o Flu, a vitória verde é o que mais interessa.

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O Atlético-MG, de Sampaoli, recebe o Vasco, de Ramon Menezes, querendo se manter no topo da tabela. E Sampaoli tem a expectativa do retorno do capitão Réver, que teve de operar o nariz, após um choque no jogo contra o Atlético-GO. O treinador ainda faz mistério. Na lateral-direita, Guga e Mariano brigam pela vaga; no meio Allan, Jair, Alan Franco e Nathan seguem na concorrência. No ataque, Keno, Savarino e Eduardo Sasha devem ir para o jogo. Do lado português, Ramon poderá contar com Andrey, Benitez e Ricardo Graça, que voltam à equipe, e tem a baixa de Juninho, que sentiu a coxa no treino de sexta e será desfalque.

Particularmente, esse jogo é o mais difícil de se querer um resultado, pois qualquer que seja, dois times que estão na frente do Flu pontuaria, ou um só. Se pensarmos do lado da rivalidade local, o Vasco perde. Se pensarmos em chegar no Atlético, o Vasco ganha – mas aí sobe junto. O melhor, então, seria um empate. Com ele, o Flu ultrapassa o Vasco e diminui a diferença para o Galo – afinal de contas, sonhar não custa nada…

Veja o vídeo:

https://youtu.be/yHZYhtybbAw

ST