Fala, jogador! Nino: “Esse último mês foi diferente, bem difícil”
Nino foi o escolhido para falar na coletiva desta terça-feira. O zagueiro, que passou por um mau momento e chegou a ir pro banco, falou sobre o treinador Odair Hellmann, a confiança do time, eliminação da Copa do Brasil, a importância de seu gol para retomada de um bom momento, setembro amarelo e um pouco mais. Confira:
Essa temporada tem sido uma montanha russa. No último mês, você teve dificuldade, foi para o banco e foi coroado com um gol. Como tem sido isso para você?
“Esse último mês foi diferente, bem difícil. Nós jogadores tentamos fazer o nosso melhor, ajudar o time, responder as expectativas. Infelizmente nós não conseguimos. Eu tive apoio das pessoas de clube, Odair me passou confiança. Eu me sinto honrado pelo gol, mas eu vou dar o meu melhor para tentar ajudar a todos.”
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Ganso também foi contaminado pela Covid. Como o grupo recebe isso? Você é um dos 5 jogadores do Fluminense que estão na seleção da bola de prata da rodada? O que isso te representa?
“A gente lamenta muito a situação do Covid, com o Ganso e com os outros jogadores. Não existe protocolo segura na luta contra um vírus. A gente tem medo de colocar nossa família em risco, tem jogadores com a esposa grávida. Tem gente que tem contato com avós, com pai, que são o grupo de risco para doença. Esperamos passar por isso da melhor forma possível. Em relação à Bola de Prata, fico muito honrado. Acompanhei muito quando garoto e sonhei um dia participar disso. ”
As eliminações da Sul-americana e da Copa do Brasil aumentaram a pressão contra vocês? Como vocês recebem isso, levando em conta o protesto depois de uma goleada?
“Doeu em todos a eliminação. A gente sonha com esse título, infelizmente não conseguimos. Entendemos a frustração do torcedor, porque se você veste a camisa do Fluminense, você entra para disputar títulos. Mas a gente tem que virar a chave, confiamos no Odair, e a temos que trazer a torcida pro nosso lado. Mas faz parte, a gente tem que esquecer isso, nos resta o Brasileiro, que a gente tem que fazer um bom campeonato e resgatar esse orgulho da torcida.”
Como você sentiu essa ida pro banco de reservas. Você também falou de uma conversa com Odair…
A gente fica muito triste a partir do momento que a gente vê as coisas acontecendo de uma maneira que a gente não deseja. Eu sou focado em trabalhar, e quando isso acontece, bate uma tristeza. Eu sempre fui muito tranquilo em relação a isso, o importante é que o time esteja rendendo, jogando bem. O Odair é muito transparente, tem o grupo na mão. Ele me passou confiança, mostrou que precisava de mim. E foi importante, não desanimei, fiz um gol no jogo passado. Espero dar o meu melhor.
Muita gente comemorou a vitória de 4-0, mas falou que foi um resultado elástico para o jogo que foi. Essa é sua leitura? E o Luccas Claro é um exemplo?
“Eu não sabia desse movimento. Foi um jogo difícil, é um time bem treinado, jogadores de muita técnica. E a gente em campo tem os 11 adversários no outro lado. O que eu vi foi um jogo em que netrulizamos as forças ofensivas do Coritiba e aproveitamos as oportunidades. Outras vezes a gente acabou perdendo por conta de uma bola. Em relação ao Luccas Claro, para a gente que treina no dia-dia não foi uma surpresa. Todo mundo sabia da qualidade, e quando você tem uma sequência e pode mostrar seu futebol, tende a crescer.”
O Muriel falhou na Copa do Brasil, continuou no time titular. Como ele está nesse momento?
“Muriel é um cara muito experiente. Ele mais do ninguém sabe do potencial dele. Muitas vezes eles nos salvou. Todos nós estamos sujeitos aos erros. Todos temos uma parcela de culpa. Ele tem personalidade, sabe do potencial. Não tem super-homem. Todo mundo erra em algum momento. A gente viu a partida que ele fez contra o Coritiba. ”
O Fluminense trouxe alguns jogadores do Criciúma. O Lucca está para chegar, conversou com ele?
“Lá no Criciúma ele era uma referência. Quando cheguei lá, tive pouco contato, mas admirava muito pelo respeito que ele conquistou lá. Ainda não tive contato com ele, mas vou mostrar essa admiração. Se for concretizado, sei que ele vai ajudar muito.”
O Flu teve 3 novidades na defesa no jogo passado. Como entrosa?
“São 3 jogadores experientes. Tem uma bagagem boa. A gente conversa bastante, mas não tem segredo. São jogadores com boa qualidade, trabalham e se esforçam no dia-dia. A gente mostra no treinamento que o time pode ficar seguro e compacto.”
Você se sente seguro com o protocolo?
“Nunca estivemos seguro. A gente luta contra algo que não conseguimos ver, então não existe protocolo seguro. O que eu acho que nos expõe mais que o Estadual são as viagens. Mas a exposição é contínua. A ciência não sabe explicar se a pessoa pode pegar mais de uma vez, como funciona a atuação dos anti-corpos. Os cuidados tem que ser tomados de forma individual para não ter um problema maior. Eu queria encerrar falando sobre o último dia de setembro. Está acabando o setembro amarelo. E eu queria dar um recado , talvez esteja alguém aqui que esteja lutando contra pensamentos suicidas, eu queria dizer que você não está sozinho, você pode procurar ajuda, muitas pessoas são capacitadas a te ajudar. Sua vida não se resume a esse momento de angústia. A sua vida tem valor.”