Fala, professor: “Vitória importante do grupo, que respondeu muito bem hoje”
Odair parecia mais tranquilo na coletiva depois da vitória por 3-0 sobre o Figueirense. O treinador tricolor mostrou confiança no grupo e no trabalho que vem sendo, destacando a evolução ao longo do jogos. Também comentou atuações individuais, como a de Nenê, craque do jogo, e Calegari. Outro assunto falado por Odair foi a pressão por resultados imediatos no futebol. Confira:
O que você falou pro Nenê depois desse jogo. E foi uma classificação enorme, que alivia as finanças do clube….
Eles tinham uma vantagem, que trás dificuldade pro jogo. Você não pode ficar ansioso, ter pressa. A equipe mostrou maturidade, consistência. Fizemos um grande jogo e saímos classificado. Uma das coisas que falei pro Nenê é pra treinar mais, porque três não tá bom. Brincadeiras a parte, é a coroação de um trabalho. É uma situação que você precisa treinar. E aí acontece no jogo. Vitória importante do grupo, que respondeu bem, quem iniciou, quem entrou. E a gente vai continuar com as ideias para continuar forte.
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Queria que você falasse um pouco do jogo.E o Calegari, ganhou a posição e tem apenas 18 anos….
A equipe do Figueirense é competitiva, tem velocidade com os 3 homens. Tentaram buscar o contra-ataque rápido. A gente precisava de construção rápida. A gente treinou e trabalhou essa circulação para os laterais passarem, e ai os meias precisavam chegar. A equipe mostrou essa qualidade, essa maturidade. E quando não é rápido, favorece a linha . E no último terço teve qualidade, teve volume, teve opções de passe. E aí quebrou a marcação do adversário e produzimos a vitória. O Calegari está indo bem, como Miguel, Marcos Paulo, Araúho, Pacheco, Evanílson. A importância do trabalho, desses jogadores, do grupo, de observar de perto. E aí quando tem a chance, eles se mostram para gente.
Odair, eu queria que você comentasse a respeito do meio-campo com Ganso e hoje com Nenê. E o crescimento da produção do ataque passa pelo Michel Araújo….
O Yuri sentiu, não era a ideia inicial. Mas ai tive que fazer aquela. Eu to vendo que está tendo bastante conversa a respeito das 5 substituições. Não acho que são as substituições que demorem, são as faltas. Acho que poderia liberar, porque se pegar o número de faltas e ver o tempo, tem que comparar. E aí, às vezes, você trava, como hoje. Se você faz um, aí faz um de novo…. a gente tem que conversar pra chegar num consenso nisso. Ganso e Nenê fazem parte de um grupo qualificado. Eu tenho usado os dois da melhor forma possível, e vou continuar usando. Já treinamos o Nenê pelo lado e o Ganso pelo meio. São dois jogadores importante e eu como treinador tenho que saber como usar ele da melhor forma possível. É saber usar esses dois grandes jogadores em prol coletivo do Fluminense, usando da individualidade e da qualidade deles. O Michel pode jogar aberto, pode ser meia, pode ser um volante lateralizado. Ele está confiante, está muito bem. É mais um jogador importante do grupo. Sempre que o entrarmos em campo, vai ser o time mais forte possível.
Uma das melhores atuações do Fluminense na temporada. A partir de agora, sorteio na CBF e um time mais forte. O que projetar?
Sem previsão. Agora é pensar no Brasileiro, temos um clássico importantíssimo. Queremos pontuar, vencer, continuar subindo na tabela. E o sorteio, não tem o que fazer a não ser aguardar e estudar o adversário para fazer jogos de alto nível. É esperar e se preparar para qualquer adversário.
O Flu tinha uma sequência ingrata em Agosto, times fortes no Brasileiro. Como o Flu chega para o clássico?
Eu vejo uma crescente natural. Não podemos nos esquecer do que aconteceu, do tamanho da parada que teve para todos os clubes. A gente teve um processo de retomada acelerado. Foram 8 dias para trabalhar, depois 20 dias sem jogar. Isso dificulta, mas a equipe progrediu. A gente buscou variações, fizemos bons jogos, com bons resultados. E isso trás acréscimo para nossa sequência. Quando não temos resultado, é difícil explicar pro torcedor. O resultado é muito determinante, mas não deveria ter. Quando não tem, trás desconfiança, ou até mesmo cobrança. Mas nós nos cobramos todos os dias para melhorar. Os resultados vieram a nosso favor. Sábado tem jogo novamente, são muitos jogos, sem muito treinamento. Vai ser natural a oscilação. O objetivo é manter a consistência de atuação, performance e resultado. É importante ganhar, porque gera confiança para o trabalho, para as individualidades, para o grupo. Fizemos mudança no jogo passado, isso dá confiança. É passo-passo, respeito aos adversários. Vamos corrigir para o próximo jogo e buscar a vitória.
A gente sente o clima mais leve. O Flu vinha bem na defesa, mas sofria gol em todos os jogos. Hoje não levou pelo segundo jogo seguido. Isso dá mais tranquilidade também? Tira aquele peso das costas?
É claro, como falei, falar algo sem resultados não adianta nada. O futebol brasileiro tem prazo de vitória. Ele precisa botar uma equipe, sem tempo de treino, ter uma alta performance e ganhar. E isso não é só aqui. Tem outras equipes vivendo a mesma coisa. É um processo, é uma caminhada. Eu trabalho com convicção, com dia-dia, com aquilo que vejo nos jogos. Eu trabalho com jogadores, não transfiro responsabilidade para eles. Eu tenho que ter esse entendimento. Quando perdemos, a responsabilidade é minha. Porque tenho convicção. E quando não tem resultado, você precisa sentar, visualizar, ver se precisa mudar algo.
ST!