Flu cria pouco, leva gol de “pelada” e sai derrotado na estreia do Brasileirão

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O Fluminense não apresentou um bom futebol hoje, na sua estreia do Brasileirão, e saiu derrotado da Arena do Grêmio, em Porto Alegre. Com um time sem inspiração, e amarrado num esquema com três volantes e dois meias deslocados na ponta, o time de Odair Hellmann só conseguiu chegar com perigo por duas vezes no gol adversário: numa jogada que Marcos Paulo achou Evanílson entrando em velocidade; e no segundo tem, quando Michel Araújo conseguiu uma boa jogada. No mais, o que a galera tricolor assistiu, foi um show de lentidão na nossa saída de bola, e um sistema de jogo sem criação, sem jogadas de ultrapassagens, que facilitou a vida do time de Renato Gaúcho.

E poderia ser pior. O “endiabrado” Pepê – que substituiu o Cebolinha – fez um salseiro na defesa tricolor, sobretudo no segundo tempo, quando Odair sacou o amarelado Yuri para a entrada de Michel Araújo. A mexida surtiu um efeito de ação e reação. Se com dois minutos o Flu chegou no gol do Grêmio, no restante do jogo, o time gaúcho não marcou por duas intervenções de Muriel, e por que, na hora do passe final, a zaga conseguia se recuperar na ponta da bota.

Nene no meio de campo está sem função. Não se sabe se ele figura como ponta ou como meia. Mas ali, onde ele vem se apresentando, não vemos o jogador render o esperado. Não consegue desenvolver as jogadas e não consegue imprimir a velocidade que é tão necessária para as jogadas se iniciarem. Ao contrário. A ponta direita tricolor está sem vida – sobretudo após a saída do contestado por uns, e amados por outros, Gilberto. Na ala canhota não é diferente. Marcos Paulo não consegue render muito por ali, e só consegue produzir quando vem pro seu habitat natural, o meio de campo. Egídio está abaixo de qualquer crítica. Não consegue apoiar com qualidade – que cruzamentos foram esses? – e está deixando muito a desejar na defesa.

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O segundo tempo, e por conta da derrota, Odair mexeu no time e colocou Pacheco, Miguel, Wellington Silva e Fred. E tirou Marcos Paulo, Yago, Nene e Evanilson. O time até tentou ir para cima, e conseguiu criar um pouco mais. Ainda assim, muito pouco para conseguir superar a dupla de zaga gaúcha. Pouco para o que o Flu merece e pode fazer com um elenco de jovens talentos. Se não temos um timaço, a aposta na garotada é o caminho mais correto.

Para a próxima partida, Odair só terá praticamente um dia de treinos – terça-feira. Amanhã o time deve fazer o regenerativo no hotel, antes de retornar ao Rio. Quarta já tem jogo de novo, diante do Palmeiras. E Odair deve, por mais que a galera fique descontente, a formação que perdeu hoje.

A entrada de um ponta mais rápido, no lugar do Nene, parece ser a ideia mais simples e óbvia, com Marcos Paulo sendo deslocado para o meio. Vamos ver como o comandante tricolor prepara o time para o próximo confronto.

Mas é bom ele mudar e começar a produzir resultados. Pois a insatisfação com o treinador começa a ficar ensurdecedora entre os tricolores. A lentidão da transição defesa-ataque é um problema sintomático. E aí, ou ele muda…

ST

 


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