Crivella afirma que flexibilização do isolamento ainda não é válida na cidade do Rio de Janeiro
O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella disse em entrevista coletiva, na tarde deste sábado que nada muda no decreto de isolamento imposto como prevenção contra o coronavírus, contrariando o que disse o Governador do Estado. Agora, o carioca vive uma situação de insegurança jurídica por conta de decreto editado ontem por Wilson Witzel envolvendo normas mais brandas de isolamento social.
Por decisão do mandatário, desde a última terça-feira a cidade do Rio iniciou um plano de reabertura da economia em seis etapas, com regras mais rigorosas do que as estabelecidas por Witzel, que libera a reabertura de shoppings, bares, restaurantes e pontos turísticos.
Embora tenha adotado um tom peculiar ao afirmar que o decreto do governador é uma recomendação, e não uma determinação, Marcelo Crivella falou:
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“No popular, as pessoas acham que um manda fechar e o outro manda abrir”, resumiu.
O prefeito ainda salientou que as normas em vigor seguem sendo as da prefeitura, mas disse que irá reunir nesse domingo o Comitê científico, que orienta o município no enfrentamento à pandemia de covid-19, e o Conselho de crise para deliberarem se mantêm as regras atuais na cidade ou se seguirão alguma determinação do governo do estado. A flexibilização de setores será avaliada e há a possibilidade de que algumas mudanças sejam feitas.
Crivella evitou criticar o novo secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, o empresário Carlos Wizard, que falou abertamente que os dados sobre a covid-19 eram “fantasiosos ou manipulados”. Um novo balanço foi prometido para o próximo mês.
“Eu acredito que vai ter um dado mais real, porque o número que temos hoje está fantasioso ou manipulado”, disse Wizard ao jornal O Globo.
ST