Maicon Bolt e Alan: Como andam a carreira dos nossos “ex” garotos de xerém?

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Maicon Bolt e Alan. Como não lembrar dessa dupla? Esses dois jogadores marcaram uma geração de garotos de xerém que brilharam com a camisa tricolor. Porém, com a necessidade do clube de vender jogadores para sanar as suas dívidas, ambos tiveram que deixar o Flu, ainda jovens, para se aventurar no futebol europeu. Depois de praticamente 10 anos, avaliamos a carreira dos dois atletas.

Revelado em 2008, Maicon formou uma excelente dupla de ataque com Fred no Brasileiro de 2009. Por suas chegadas a linha de fundo, assistências, e principalmente por sua extrema velocidade, recebeu o apelido da torcida de “Bolt”, em alusão ao velocista jamaicano Usain Bolt. Maicon foi uma peça muito importante na histórica recuperação do Fluminense em 2009 contra o rebaixamento para a Série B. Após àquele ano, Maicon se tornou um xodó e muito lembrado por aquele que era chamado o primeiro “Time de Guerreiros”. No total, foram 67 jogos e 6 gols marcados.

No início de 2010, acabou sendo vendido para o Lokomotiv Moscow, da Rússia, onde jogou por sete temporadas, disputando 185 jogos e marcando 28 gols. Depois, após o Flamengo sondá-lo em 2017, foi para o Antalyaspor, da Turquia. Em 2019, acertou sua rescisão com o clube turco. Na época, segundo o jornalista Marcello Neves, do jornal “Lance!”, o Fluminense tentou sua contratação. No entanto, o empresário do jogador não demonstrou interesse em conversar com o tricolor. Ele foi para o Atlético-MG e foi considerado pelos torcedores, uma das piores contratações do ano. Acabou rescindindo o contrato em fevereiro de 2020 e cobra R$ 6 milhões do galo na justiça. Está atualmente com 30 anos e sem clube.

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Não menos importante que Bolt, temos Alan, outra cria das categorias de base tricolor. Apesar de ter vindo dos juniores do Londrina após se destacar pela Copa São Paulo de Futebol Júnior em 2006, foi em Xerém que ele se aprimorou e tornou-se peça tão importante no elenco do Flu, sendo promovido ao elenco principal em 2008. Foi peça importante na arrancada contra o rebaixamento e na campanha do vice da Sul-Americana de 2009. Ele se destacava pela sua velocidade, sua vontade em campo e seu faro de gol, porém nunca se firmou na equipe titular. Era opção certa no banco todo o jogo. E fazia muito bem esse papel. No total, foram 84 jogos e 22 gols com a camisa verde branco e grená.

O lance mais emblemático e lembrado de Alan pelo Flu foi em 2009, na semifinal da Copa Sul-Americana contra o Cerro Porteño, no Maracanã, quando cruzou o campo todo, fez o que quis diante do goleiro adversário e só teve o trabalho de tocar a bola para o fundo do gol. Neste mesmo ano, já se destacaria e chamaria a atenção de outros clubes.

Em 2010, após iniciar muito bem o Brasileirão, fazendo uma boa dupla com Fred, foi vendido ao RB Salzburg, da Áustria por 3,5 milhões de euros. Adaptou-se com facilidade e começou a se destacar no clube europeu. Porém, em 2011, sofreu uma grave lesão no joelho e ficou um ano e meio parado. Retornou aos gramados apenas em 2013 e voltou a brilhar. Em 2014, foi o brasileiro com mais gols na Europa, indo à rede em 40 oportunidades. No total, marcou 93 gols em 129 jogos pela equipe franqueada da Red Bull.

Em 2015, aceitou proposta milionária do futebol chinês e se transferiu para o Guangzhou Evergrande, assinando um vínculo até o fim de 2020, equipe na qual Conca virou ídolo após sua primeira passagem pela China. Após apenas dois jogos, sofreu nova grave lesão no joelho e ficou mais um ano e meio parado. Regressou em 2016 e fez duas grandes temporadas pelo clube, marcando 34 gols em 71 jogos, ajudando seu clube na conquista de dois títulos chineses.

Em 2019, foi emprestado ao  Tianjin Quanjian sendo parceiro de Alexandre Pato e Geuvânio. Ele marcou apenas 9 gols em 27 jogos. Em 2020, foi novamente emprestado ao Beijing Sinobo Guoan, mas a temporada na china ainda não se iniciou devido ao coronavírus. O São Paulo chegou a sondar o jogador no fim de 2019 para um possível retorno para o Brasil, mas as negociações não avançaram. Hoje em dia, está com 30 anos também, igual seu parceiro de base, Maicon Bolt.

Alan é a cria de Xerém que mais balançou as redes no exterior.

Com Maicon sem clube e Alan podendo retornar para o Brasil, particularmente, seriam bons nomes para colocar um pouco mais de experiência no ataque tricolor, que, apesar da qualidade notória dos nossos homens de frente, falta em determinadas situações, uma certa experiência para lidar com alguns momentos nas partidas.

ST


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