Fala, professor: “Foi um jogo de total domínio nosso e merecemos a classificação”
Após a vitória por 2×0 na Copa do Brasil contra o Botafogo, o técnico Odair Hellmann conversou por mais de 23 minutos com os jornalistas na coletiva de imprensa. Confira o que disse o treinador:
Sobre as novidades Hudson e Yago Felipe e a entrada do Pacheco
“Os dois foram muito bem dentro da nossa ideia. Nos últimos jogos a gente tem enfrentando times que abaixam bastantes as linhas e a gente tem conseguindo jogo a jogo evoluir nesse tipo de confronto e eles foram muito bem, conseguindo dar uma boa dinâmica, mas também dar uma boa sustentação para que não tomássemos contra-ataques toda hora. Isso começou a acontecer no final do primeiro tempo muito por erro nosso. Querermos apressar o passe ou definição rápida, mas já tínhamos criados oportunidades e bola na trave. E foi o que disse no intervalo. Que a gente tinha que manter a postura de construção, de domínio, independente de qualquer ambiente que pudesse estar mais tranquilo nós não poderemos entrar nessa tranquilidade e temos que continuar colocando a bola no chão. O que vale são as ações ofensivas que a gente conseguir fazer e os dois foram bem. Pacheco entrou e ele tem uma característica bem aguda bem .Em alguns momentos também sente confortável desse lado, são aquelas aquelas engenharias, aquelas situações em que a gente tá tentando, no jogo do Botafogo, pelo menos que tem um pouco mais de confronto, a gente também tem que baixar baixar a linha de marcação que pois somos também confrontado no aspecto defensivo. Wellington e o Marcos estão nessa nessa abertura do lado direito ou do lado esquerdo. As coisas funcionaram muito bem então o que que eu tentei é que eu vou tentar dar liberdade para esses caras de frente para se movimentarem, trocar de lado, também muito para que eles possam se encontrar dentro da partida e encontrar o espaço porque são jogadores que gostam bastante do mesmo lado, de cortar para dentro para ter essa oportunidade tabela, de finalização, mas a gente vai encontrar também esse equilíbrio com os dois do outro lado. Eu tô usando isso no treinamento, estou treinando eles e quando tiver em outro lado, também estarão capacitados a fazer um bom jogo”
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Importância da vitoria e da classificação
“Vou esperar agora definição da partida. Conversamos no vestiário e vamos aguardar o sorteio. A gente precisa estar muito concentrado em todos os jogos do Campeonato Carioca também, mas esse campeonato gera uma situação de receita boa para o clube e também tem sua importância pois a gente ficou fora da sul-americana.O momento não pegou, principalmente no jogo dentro de casa na sul-americana, o time não tava tão encorpado e com tantas opções como a gente tem hoje, então, trouxe essa dificuldade jogando em casa. Hoje a vitória tinha muita importância para essa competição na parte financeira, da parte técnica e a gente estava muito concentrado. Trabalhamos jogo por jogo e o próximo jogo é o mais importante que o próximo e aí, a partir da segunda-feira a gente trabalha todas as situações do Figueirense. Por que os jogos de ação no meio da semana, dá próxima e da outra, tem um clássico no domingo se eu não me engano né, então é uma sequência pesada mas nós estamos preparados para enfrentar e vamos enfrentar da melhor forma possível.
“Agora já entra para aquela fase dos dois confrontos de casa e fora. O Botafogo hoje, fez aqui dentro da proposta dele, o que vinha fazendo com outros aniversários, conseguindo não ter perdido no ano, não tendo nenhum resultado negativo, dentro dessa proposta de se defender e defender organizado, é um time bastante organizado, bem experiente e tem jogadores experientes, de qualidade e a gente sabia que ele iam trazer dificuldade. E o próximo adversário a gente vai estudar, vai visualizar aquilo que são as suas virtudes, aquilo que a gente pode aproveitar dentro da nossa ideia de jogo, das características que temos para conseguir passar mais uma fase”
As lesões de Digão e Nenê e a boa utilização do lado direito
“Parece que Digão realmente sentiu um pouquinho. Nenê também. Eu vou esperar que me comuniquem alguma coisa. Diferente disso, a gente vai visualizar não só para o jogo de domingo, mas pela sequência que teremos de importância e de jogos decisivos desses dois jogos da Copa do Brasil no meio de semana e o clássico no final de semana. Mas independente de qualquer situação que esteja, a gente vai entrar muito forte porque queremos a vitória domingo e precisamos estar fortes para conquistá-la. Quanto a essa situação de equilíbrio, realmente é o que a gente busca. A gente tem produzido muito ofensivamente nos últimos jogos, temos enfrentado adversários que tem tem a proposta de bloco baixo e contra-ataque, então, você tem que estar muito equilibrado para não ficar tomando contra ataques. Eu acho que estamos tomando poucos contra-ataques e isso também é um ponto positivo porque você acaba dando de tudo e com os laterais, para você ter equilíbrio, você tem que dar liberdade para os dois laterais. E isso dentro da ideia centralizada de jogo, nossos dois laterais são apoiadores. Jogamos com mais três atacantes como meia armadores, então esses para você ter esse tipo de liberdade de lado de campo você precisa ter o centro do campo. Esses dois caras não são só para fazer essa circulação e da sua dinâmica de jogo, mas você tem uma imposição de marcação e só fica com eles e dois zagueiros no momento de fase defensiva, então, estamos evoluído nesse aspecto. Estamos conseguindo rodar bem essa bola que é importante quando você enfrenta esse tipo de situação e em outros aspectos, também na parte do final de uma tabela, na chegada na área, com mais com mais peso na hora que define. Mas realmente está acontecendo esse livro de construção de jogadas. Isso traz uma dificuldade para o adversário, porque eles fecham o lado, você volta rápido, busca o outro posto e tem qualidade lá também, tem volume e você acaba desgastando o adversário e foi que a gente fez com toda a posse que tivemos. Fomos desgastando e desgastando até encontrarmos espaço para fazer a vitória”.
Torcida espera mais. O que dizer?
Eu acho que foi uma boa partida. Quando a gente visualiza o adversário, fica melhor. Mas é um time extremamente organizado, um time que não tinha perdido no ano e isso gera uma obrigação, uma responsabilidade nossa de vencermos a partida, de jogar bem. E nós fizemos isso. É como eu disse, a gente tem sempre bastante coisa para evoluir, mas estamos conseguindo vencer com muito mais coisas positivas do que negativas. Nas coisas negativas, elas são bem menores até o momento. Podem até aumentar e no processo de confronto que a gente vai ter pela frente, a gente trabalha para para diminuir cada vez mais. Mas até agora, a equipe tem conseguido o resultado construindo, botando a bola no chão, jogando com adversários que não estão buscando todos os confrontos de enfrentamento. O que a gente teve mais próximo foi o Flamengo e o Botafogo, a gente fez todas as partidas, então estamos evoluindo bem.Tem muitas coisas evoluir. Mas eu estou feliz com o resultado da equipe.
Poder de reação do time.
“Eu falei da tranquilidade e que nem sempre você vai conseguir fazer gol no primeiro tempo. O futebol é feito de 90 minutos. Não é feito de 45.Tem 2 tempos para que você produza e no final desses 90, 95 você vença a partida. Certamente, quando o adversário se propõe a ter esse tipo de jogo, de marcação, de bloco baixo, quanto menos tempo tem, mais ele tem força para os exercícios do jogo e quanto mais demora o gol, mais eles entram com mais motivação, com mais força para marcar e vai gerar desgaste em você e vai ficando cada vez mais vulnerável e abrindo espaço para dar o contra-ataque. Aqui, eu só tive essa fragilidade, um pouco, no finalzinho do primeiro tempo. Mas no restante, tivemos o controle desses contra-ataques e tivemos a construção e produção para fazer o resultado. Se eu não me engano, foram umas 10, não sei quantas finalizações, não sei quantas perigosas, duas bolas na trave, dois gols anulados. É uma produção alta contra um adversário que se propõe a defender em bloco baixo, por isso é importante você sair na frente do placar. Que bom que ela seja no primeiro minuto, no primeiro segundo, mas você tem mais 90 para jogar tô decidindo até os 95, 98, e você precisa ser consistente até o final, independente do tempo, a gente mantém a mesma ideia, mantém a mesma força, mantém a mesma convicção para que a gente consiga no final da partida, sair vencedor”
Time não levou no gol no primeiro tempo. A entrada dos dois volantes, definiu o time titular?
“Eu sempre falo com vocês que eu não sou um cara fechado. Não sou um cara definitivo. Nós temos uma ideia de jogo com todas as fases do jogo, na parada parte defensiva, parte ofensiva. Eu acho que tem tem estações que temos que estar sempre atentos quando geram um jogo de importância para a equipe. E gente precisa visualizar a equipe em outro tipo de confronto também, porque os últimos jogos tivemos controle do jogo. Vai ter um momento que nós também vamos ter que nos defender mais, pois o adversário também vai gerar esse desconforto e as suas prioridades. Temos ainda o Campeonato Brasileiro, então, tem muita coisa ainda para gente ir observar e por isso que eu não posso ser definitivo nessa situação. Hoje, essa equipe do último jogo teve o resultado, com boa dinâmica, então é isso que a gente analisa. Eu sou um cara que confio em todo o grupo. Domingo, talvez, a gente já tem outra decisão e vamos ver quem vai seguir no time, para que possamos seguir vencendo e cada vez melhorando a performance”
Atacantes: Hoje, o ataque é a maior dor de cabeça?
“Nem sempre o mesmo jogador vai repetir aquela situação. Talvez ele, até o momento de uma boa sequência, mas você não consegue nada sem mais jogadores para que você possa fazer uso disso e por exemplo o Wellington, Marcos Paulo Evanilson e Pacheco, para pegar só esses três, eles têm características diferentes. Paulo e Wellington se aproximam um pouco mais, Wellington é um cara mais agressivo que o o Paulo, um cara mais de construção e definição e para evoluir nesse aspecto, deixo um lá dentro da área mais próximo. Com isso, consegue-se partir para cima com mais espaço. O Pacheco tá passando por um processo de adaptação, como Michel Araújo está passando por um processo de adaptação particular. No país dele,jogava de uma forma. Na seleção, ele jogava de uma forma. Esperara uma bolinha longa lá na ponta e puxava aquele contra-ataque final e agora, ele precisa participar de um jogo com mais posse e troca de passe e depois, também a situação de bola longa que ele tem. Então, são características diferentes que a gente pode usar e ir usando ou durante quando a gente tem feito a visualização do adversário que enfrentamos. Foi por isso que eu o usei no jogo do Moto Club. No campo pesado, o adversário no primeiro momento ia sair para para cima da gente, como saiu e até conseguiu fazer 2 a 0. Só que a gente não era para ter tomado daquela forma. Esperávamos gerar uma espaço para o Pacheco. Depois, os outros jogadores receberam oportunidade e então que bom que eu tenho mais opções. Isso é bom para o grupo e eu vou fazer o uso delas da melhor forma possível. Cabe a mim com treinador fazer uso dela tá melhor forma possível”
Zaga: Quem é o reserva de quem e o lugar do Ferraz no time
“No caso do Digão, ele é jogador de estilo construtor. Mas construtor com boa exposição e com bom cabeceio, que é o caso do Nino. Isso não impede que ele na frente, na sequência, se o campo mostrar, eu possa mudar isso. E que é o que eu tenho feito nas outras funções. Se o campo mostrar isso, dois jogadores de construtores mas que não tem tanta situação de característica de força e potência de explosão. Então. nesse momento eu tô mesclando as características e o Digão tem uma técnica regular, uma boa técnica de saída também de construção muito boa, então, nesse momento eu estou usando uma característica de um jogador de força de imposição e de jogador mais técnico ali na frente. Na sequência, pode ser que eu uso dois técnicos ou como já usei no ano o Luccas Claro. Isso indica que eu confio nos quatro e bom que nós temos esses quatro. Talvez a gente necessite até na caminhada de mais um, por que a caminhada é longa é difícil se não tem uma suspensão, um cartão. Hoje está iniciando Digão e Nino. Amanhã, domingo, semana que vem pode ser uma outra opção. O que importa é que confio em todos”.
Nenê e os gols anulados
“Mas que bom que a gente produziu um bom número ações perigosas, que quanto mais situações perigosas você tem no jogo, mais possibilidade de fazer o gol. Estamos tendo um ataque muito positivo, Isso mostra o equilíbrio da equipe até agora como eu disse. A gente fica assim, com essa produção ofensiva e equilibrado defensivamente, a gente vai conseguir seguir forte nessa caminhada. Então, qualquer situação, principalmente em um jogo desses onde você tem toda a responsabilidade, o peso de passar de fase e você acaba fazendo com que isso não dê certo, fica ruim, mas que bom que a gente fez os dois temos mais muitas muitas outras oportunidades. Foi um jogo de total domínio domínio do Fluminense, que mereceu a vitória e a classificação”
“Quero que que o Miguel faça mais de 400, quero que todos façam muitos. Estou feliz quando estão fazendo e a gente tá ganhando. Independente de quem faz, o importante é o Fluminense vencer. Que bom que ele (Nenê) está fazendo mais. Os atacantes, outros jogadores também estão fazendo, então fico feliz e com a vitória do Fluminense. Tenho certeza que o Nenê também quer fazer mais. Mas, certamente, se perguntar para ele para todos os jogadores do Fluminense o que é melhor, se eles pudesse trocar os gols, eles trocaria sempre pela vitória”.
Ataque e utilização do Marcos Paulo
Não dá para botar todo mundo no mesmo lugar. O futebol é uma composição de características e funções. Estou tentando dentro da característica, dessa do Marcos Paulo, do Wellington Silva, do Nenê, do Ganso, do Evanilson, do Caio Paulista, do Pacheco, estou tentando encontrar esse equilíbrio das características e das funções. Acho que a gente tem conseguido pois os número dão um salto produção ofensiva. Está bem alto. Mas é uma situação que a gente precisa estar sempre atento, mas realmente ele (Marcos Paulo) gosta de jogar para dentro dessa função, como um 9, mas não de pivô. É um cara que sai da linha. Jogou muito tempo ali como meia mas hoje, a gente tem três meias, Ganso, Nenê e Miguel. Então cabe ao treinador bater a cabeça e portanto, todos os dias treinar e encontrar a melhor forma para que essas características, todas, formem uma equipe forte e que cumpra seu objetivo”
ST