Grandes são os outros!

Compartilhe

Os últimos anos não foram fáceis pra gente. Vivemos entre o céu e o inferno, ora flertando com um, ora com outro; às vezes querendo este, às vezes conquistando aquele. 

É verdade que nenhum time vive só de glórias, por mais importantes que elas sejam. E sim, time grande também cai. Mesmo o mais vitorioso deles, até aquele cuja própria história se confunde com a história do futebol em seu país, aquele cujo estádio é o berço do futebol brasileiro, aquele cuja torcida é a mais bonita e apaixonada de todas.

Aquele que nasceu com a vocação da eternidade.

Você conhece nosso canal no YoutubeClique e se inscreva! Siga também no Instagram

O ano é 1998, dia 6 de outubro. O adversário era o ABC de Natal e jogávamos lá pela última partida da Série B do Brasileirão. Após dez rodadas, somávamos apenas 10 pontos, ocupando a quinta colocação do Grupo D, enquanto, logo abaixo, com 6 pontos, estava o Juventus, pequenino de São Paulo. Somente a vitória interessava, mas não só a nossa: para escapar de mais um rebaixamento, o Fluminense torcia para que o lanterna, que jogava em casa, vencesse o CRB, que tinha 13 pontos.

Precisávamos de um milagre e, dessa vez, os idiotas da objetividade triunfaram. Empatamos em 1 a 1 em lance polêmico originado numa falta cobrada por Branco, no qual a bola não teria cruzado a linha do gol.

Tragédia anunciada, mais um capítulo tenebroso da história tricolor vinha sendo escrito pelas mãos daqueles que não queriam o seu bem.

Em 1999 jogamos a Série C. Na primeira fase, terminamos em segundo lugar a 1 ponto do líder, o Serra. Classificados para a etapa seguinte, jogamos contra a poderosíssima equipe do Moto Club, do Maranhão. Com um empate e duas vitórias, passamos para a terceira fase, em que enfrentamos o Americano, do Rio, com a mesma sequência de resultados. Na fase final, somamos 13 pontos, sendo os primeiros a abrir a porta do acesso à segunda divisão. 

O Fluminense foi campeão da Série C. 

Os outros que falem à vontade, como sempre falaram.

A partir de então, em pouco mais de 10 anos desse título, fomos campeões cariocas, da Copa do Brasil e chegamos ao topo do Brasil duas vezes! Fomos à final da Libertadores e da Sulamericana; revelamos craques e construímos uma das melhores bases do país!

Chegamos sim ao fundo do poço, mas só um clube do tamanho do nosso consegue sair de lá. Vergonha não é cair pra segunda ou terceira divisão, vergonha é não fazer por onde para voltar à elite do futebol. Vergonha é sua torcida te abandonar quando seu time mais precisa do seu apoio. 

Há aquela máxima que diz que time grande não cai. Azar o da máxima, pois eu lhes digo que os times grandes caem sim, mas somente os Enormes retornam à elite.

Hoje, 20 anos depois, seguimos mais apaixonados do que nunca, lutando por um futuro melhor pro Flu. Não escondemos o nosso passado que, mesmo tendo colocado nosso amor à prova, já nos deu outras tantas alegrias. Nestes anos que se seguiram também levamos outros sustos, mas certamente olhamos pra frente e vemos um horizonte a ser novamente pintado de verde, branco e grená.

Feliz Natal, Chanuká Sameach, Feliz 2020. Vence o Fluminense!

ST!


Compartilhe