Flu sofre com penhoras. E porque ERROU!
Essa é uma coluna de opinião em cima de uma notícia péssima e desconfortante para todos os tricolores. Vejam vocês como estamos enrolados…
Para quitar a dívida com Diego Cavalieri, a justiça começou a penhorar recursos do Fluminense. Nos últimos 30 dias, após cinco bloqueios nas contas do clube, apenas R$ 28 mil foram resgatados em favor do goleiro dispensado no fim do ano passado.
Dos R$ 6,1 milhões, referentes a rescisão contratual, o clube já pagou R$ 3,4 milhões. Em razão de multa, ainda restam R$ 3,8 milhões a serem regularizados. Devido ao atraso do pagamento do acordo, e da negativa de nova audiência de conciliação – pretendida pela diretoria – já aconteceram as seguintes penhoras:
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30/8: R$ 2.293,67
12/9: R$ 20.562,08
18/9: R$ 3.275,40
25/9: R$ 1.838,90
28/9: R$ 601,00
Total: R$ 28.571,05
Como houve falta de dinheiro para totalizar o montante a que Cavalieri tem direito, a tendência é de que novos bloqueios sejam feitos.
O acordo entre Flu e Cavalieri
R$ 538.901,01 referente a FGTS a ser pago até 15/02/2018. Clube pagou R$ 466.757,30. Faltam R$ 72.331,71.
R$ 623.973,89 até 15/02/2018. Clube pagou.
R$ 2.325.761,80 até 15/4/2018. Clube pagou.
R$ 2.616.481,98 em 18 parcelas iguais de R$ 145.360,11, a partir de 15/5/2018. Clube tem cinco parcelas atrasadas.
Cavalieri cobra após o atraso o pagamento antecipado das parcelas restantes, o saldo devido de FGTS de R$ 72.331,71 e multa de 30%, o que totaliza R$ 3.800.317,98.
Ao fim do ano passado, a direção tricolor alegou que a liberação de Cavalieri era uma maneira de reduzir a folha salarial e ajudar na reorganização financeira. do clube. Contudo, e desde então,o clube não consegue manter a folha em dia e ainda sofre com as penhoras por falta de pagamento dos acordos feitos, não só com o ex-goleiro tricolor, mas como também com os outros sete jogadores, que à época, também foram dispensados pelo clube.
O que muitos não conseguem entender foi essa lógica usada pela diretoria. Ora se por um lado ela buscou a dispensa dos jogadores para reduzir custos, de outro ela teve que arcar com processos judiciais caríssimos e compor acordos elevados, inclusive com valores mensais próximos aos vencimentos dos atletas. Ou seja, é como se estivesse pagando para o atleta seu “salário” em forma de acordo, mas com o atleta não atuando mais pelo clube. Outro ponto é que a justiça do trabalho prevê multas de 30% do valor acordado em caso de descumprimento. Se a diretoria atrasa, o atleta – autor do processo – executa a multa e os valores crescem absurdamente.
No caso específico do Cavalieri, o Flu já pagou ao goleiro R$ 3,4 milhões, só após a sua saída. Se dividirmos esse valor por 10 (mês de outubro), esse valor ainda seria maior do que os salários mensais do dele. Isso sem contar que ele (i) poderia estar jogando; (ii) poderia ter sido negociado, e com isso além de não ter essa dívida monstruosa, o Flu ainda poderia lucrar com o negócio; e (iii) poderia ter emprestado o goleiro para outro clube, ainda que pagando parte de seus vencimentos. Todas essas alternativas, nos parecem mais sensatas do que a dispensa feita da forma que foi.
Nos resta agora torcer para que a direção do clube consiga acertar essas pendências e reorganizar as contas para termos um 2019 com um time mais competitivo e que possa brigar por títulos.
ST
Washington de Assis
Fonte: Globo Esporte e ST