REFLEXÃO (UM TRICOLOR QUALQUER)
REFLEXÃO
Eu fui um entusiasta do projeto Diniz no Flu. Acredito na forma de jogar, dependendo da qualidade do grupo e continuo acreditando que ele pode vir a ser um grande técnico.
Quando começamos o ano estávamos em situação caótica e muitos se questionaram se nós teríamos um elenco para disputar a temporada. A impressão era que quase ninguém queria vir para o Flu por causa dos problemas financeiros, mas Diniz com sua idéia de jogo inovadora, se tornou um atrativo a mais para trazermos Alan, Caio Henrique e Ganso por exemplo.
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Os dois primeiros eram promessas de seleções brasileiras de base e o último apesar de ser um jogador que muitos desconfiavam, ainda parecia ser um reforço de peso para a difícil realidade do clube.
Infelizmente o tempo passou, mas apesar do “bom trabalho” feito por Diniz, os resultados não vieram. Muitos vão culpar a falta de sorte e outros vão culpar a arbitragem, mas apesar de concordar em partes, precisamos entender que o modelo de jogo do Diniz não era adequado ao time que nós tínhamos.
É inviável jogar exposto sem ter jogadores de defesa que deem conta do recado. Não há futebol bem jogado que aguente a nossa ausência de pontaria por falta de jogadores decisivos na frente e um esquema defensivo tão frágil.
Diniz dominava os jogos, mas a fragilidade do nosso elenco, somada às falhas individuais dos nossos goleiros da época e nossos defensores, deram fim a um trabalho que apesar dos resultados, trazia esperança tanto aos torcedores, como também aos jogadores que apostavam no trabalho.
Pois bem… Oswaldo chegou nitidamente querendo fazer ajustes na forma de jogar e sem entrar no mérito de quão ruim foi a passagem do Oswaldo, ele nitidamente encontrou dificuldades em mudar a forma de pensar de um grupo que estava encantado com aquela idéia de jogo implementada por Diniz. Minha impressão é que os jogadores tinham acabado de perder um “pai” do qual se orgulhavam e não aceitaram muito bem a forma de pensar do “padrasto” que havia acabado de chegar. Obviamente não é uma informação e sim uma opinião baseada em tudo que eu tenho visto.
A efetivação do Marcão e a forma como o time vem jogando desde que ele assumiu no lugar do Oswaldo, só reforça a minha opinião. Nosso grupo ficou “órfão” de uma filosofia de jogo, mas não temos mais Fernando Diniz. Vejo times piores do que o nosso jogando fechados, no contra-ataque, com efetividade melhor do que a nossa e ocupando nesse momento posições mais favoráveis na tabela.
Sugiro a seguinte reflexão. Eu gosto muito do futebol bem jogado e apoio totalmente começar 2020 com um técnico que valorize o jogo, caso tenhamos elenco pra propor o jogo. A questão é a seguinte! HOJE a nossa briga é por rebaixamento e precisamos que o grupo compre uma forma mais competitiva de jogo para nos tirar dessa situação.
Será que terminaremos o ano teimando e apostando até o final em uma forma de jogo que não nos deu resultados ou será que o grupo terá a compreensão de que apesar da ideia do Diniz ser brilhante, aquela forma de jogar não funcionou?
Faltam 10 rodadas pela frente! Eu pergunto se não chegou a hora de fecharmos a casa e fazermos o feijão com arroz para termos um time mais seguro defensivamente ou se arriscaremos até o final, sonhando com um modelo que não foi bem sucedido.
Chegou a hora do grupo de jogadores e todos que o cercam, botarem os pés no chão, pois apesar de amar futebol bem jogado, amo mais o Fluminense. Estamos em situação complicadíssima e um rebaixamento a essa altura seria catastrófico para as pretensões do nosso clube.
Time que quer sair do rebaixamento tem que disputar, marcar firme em todos os trechos do campo, jogar compacto, sendo competitivo e seguro para se defender bem e fazer os gols quando tiver oportunidade. Hoje nosso time é ineficaz atacando e totalmente vulnerável defendendo. Vamos reagir, Fluzão! Ainda dá tempo.
Saudações Tricolores,
Um Tricolor Qualquer.