Mais do mesmo – Agora é entender a tabela e…

Inacreditável. O Fluminense conseguiu perder, em casa, para o lanterna e o vice-lanterna da competição. Isso porque o primeiro NÃO HAVIA vencido no campeonato, e o segundo não havia marcado gols fora de seus domínios. Pois bem, jogar no Maraca parece ser a tábua de salvação para times que estão desesperados. O pior, e óbvio resultado disso, o desespero chegou ao Fluminense. E quando vem o desespero… a perna pesa na hora de chutar,  a insegurança vem na hora de inverter uma jogada, a torcida começa a vaiar jogadores – com ou sem razão – a espiral do buraco negro se forma, sugando a vitalidade do time e diminuindo o gol na frente de nossos atacantes.

E ontem a receita mágica, ou melhor, a SINA que o Flu atravessa no Brasileirão se manteve. Muitas finalizações, maior posse de bola, troca de passes acima dos 500 e gol que é bom nada. Ora por preciosismo, ora por azar mesmo – que palavra para predominar em alguns jogos do Flu – ora por simplesmente a bola não entrar. Jordi, goleiro do CSA. e Vladimir, goleiro do Avaí, tiveram atuações estupendas. Tanto que se colocarem as defesas que fizeram nos jogos que encararam o Fluminense em um DVD, é bem capaz de serem negociados com o Real Madrid. Impressionante. Mas, futebol, amigos, é bola na rede e agora o Flu se vê numa situação pra lá de incômoda. É desesperadora mesmo.

Sim, porque para não dependermos de ninguém, e atingirmos os milagrosos 45 pontos, vamos precisar de mais 33, para se somar aos pífios, míseros, inacreditáveis 12 pontos conquistados em 16 jogos. Estamos a 6 pontos do Cruzeiro – que não deve permanecer muito mais tempo por ali na tabela – e a 8 de Vasco e Ceará, e a 9 de Goiás e Fortaleza. Colocando o Botafogo nesse meio aí, que está hoje com 23 pontos, creio que seriam esses times, mais os que se encontram hoje no Z4, que brigarão para não cair. Ou seja:

Avaí. CSA, Fluminense, Chapecoense, Vasco, Ceará, Goiás, Fortaleza e Botafogo. Na minha visão, são esses aí, esses 9 times, que se engalfinharão pela permanência na primeira divisão e sua SOBREVIVÊNCIA no cenário do futebol. Isso porque acabou a chamada “cláusula paraquedas”, que assegurava os valores das cotas de TV aos infortunados que visitavam à série B em anos passados. Agora, quem cair se contentará com 6-8 milhões ANUAIS advindos da televisão.

Para o Flu não depender de ninguém, e olhando para tabela já é evidente que perdemos o ponto de reação, são necessários 50% de aproveitamento, ou seja, uma campanha praticamente de G6 – com 27 pontos Inter, Athlético-PR e Bahia então em 6°, 7° e 8° lugares respectivamente, O Flu precisa de 11 vitórias em 22 jogos:

FORTALEZA – F
PALMEIRAS x F
CORINTHIANS C – com mando em Brasília;
GOIÁS – F
SANTOS – C
GRÊMIO – C
BOTAFOGO – F – Engenhão, com cota de torcida;
CRUZEIRO – F
BAHIA – C
ATHLÉTICO-PR – C
FLAMENGO – F – Maraca, meio a meio;
CHAPECOENSE – C
CEARÁ – F
VASCO – C – Maraca, com cota de torcida;
SÃO PAULO – F
INTER  – F
ATLÉTICO-MG – C
CSA – F
PALMEIRAS – C
AVAÍ – F
FORTALEZA – C
CORINTHIANS – F

Ou seja, desses 8 times que brigam conosco, precisamos vencer. Não tem outra alternativa. E ainda vamos precisar achar 3 vitórias contra os outros. Quando um clube, chega no final de um turno precisando de mais de 10 vitórias, significa dizer que precisamos vences de metade da tabela. E o mais impressionante é que perdemos pontos para esses mesmos clubes em casa:

Goiás 1 x 0
Botafogo 1 x 0
CSA 1 X 0
Avaí 1 x 0

Soma-se a isso, a derrota para o São Paulo e chegamos a absurdos 5 jogos em casa com derrota. Além dos empates com o Flamengo e Ceará . Ou seja, perdemos pontos preciosos dentro de casa, para times em confronto direto na zona de desespero, além de não conseguir vencer em nossos domínios. Ganhamos do Inter e Cruzeiro em casa, e do Grêmio, fora. Muito pouco. E ainda empatamos com a Chapecoense fora.

Para termos um final de ano mais feliz, precisamos vencer esses 8 adversários. A todo custo. E jogarmos com inteligência e estratégia, contra adversários mais fortes, lutando por aquela bola que muitos vieram aqui e conseguiram. O Flu não joga mais no Maraca no turno. Pega o Fortaleza fora, depois encara o Palmeiras em rodada atrasada, para finalizar contra o Corinthians no Mané Garrincha, em Brasília. Depois, só contra o Santos, na 21ª rodada, dia 25 de setembro – daqui a 22 dias. Até lá, precisamos vencer o Fortaleza, pelo menos, e quem sabe bater o Corinthians – que poderá mandar a campo um time misto, devido aos jogos no meio de semana pela sul-americana.

Quem sabe se fecharmos o turno com pelo menos 18 pontos, ou 19 – com um empate contra o Palmeiras – nos dê forças para iniciarmos bem essa marcha – já não é mais uma caminhada – rumo a parte alta da tabela.

Como Muriel disse ontem, é se concentrar para ir jogo a jogo. Pensar somente no próximo adversário e, por mais que seja desesperadora a situação, entrar com a cabeça no jogo e não na tabela. Temos um time para bater esses adversários aí. Que João de Deus mande suas bençãos ao povo que tanto lhe ama, e que as bolas comecem a entrar no gol adversário.

ST