Primeiro o mais importante – as primeiras semanas de Mário e Celso

“First things First!”, uma frase em inglês pode traduzir essas duas primeiras semanas de Mário Bittencourt e Celso Barros à frente do Fluminense. O que numa livre tradução significaria “O  mais importante primeiro”. E é essa a tônica da nova administração, pois o novo presidente se deparou com um cenário extremamente complicado na esfera administrativa e, sobretudo, na jurídica, onde o Flu tem seu calcanhar de Aquiles. As temidas penhoras asfixiam o fluxo de caixa tricolor, o que aumenta a dificuldade em conduzir o dia a dia do clube.

Os novos gestores tem muito trabalho pela frente. Não dá para imaginar que eles, com menos de duas semanas no cargo, pudessem trazer grandes soluções aos problemas que se arrastam, e crescem, há anos no Reino do Laranjal. É preciso colocar a casa em ordem, em um mínimo aceitável, para começar a girar a roda. Eles sabem disso e trabalham ininterruptamente. Há quem veja o novo presidente chegando de manhã e só deixando a sede do Reino quando tarde de noite. Mas as coisas vão se ajeitando.

A equipe de Mário já faz um estudo para colocar as ações trabalhistas dentro do “Ato Trabalhista”, o que equacionaria grande parte dos problemas de penhoras nas contas do clube. Do outro lado, segue um estudo para uma reformulação das dívidas tributárias que podem, e serão, envolvidas no ProFut, o que também aliviaria a questão das penhoras. Por fim, as demais dívidas estão sendo todas organizadas, planilhadas e estudadas para que se consiga enxergar a melhor forma de lidar com elas, inclusive as renegociando com seus respectivos credores. A intenção é deixar um horizonte mais tranquilo para, dessa forma, começar a traçar grandes objetivos.

A preocupação inicial é arrumar o máximo possível para colocar os salários em dia. Existe uma expectativa de que isso possa ocorrer essa semana, se não todo o débito, pelo menos grande parte dele.

Mas a principal expectativa está na dupla que assumiu o Flu. A torcida espera que eles possam colocar em prática todos aqueles planos expostos nas apresentações que fizeram por aí, em campanha, e que consigam trazer realmente o Flu para o patamar de onde nunca deveria ter saído: o de ser protagonista de tudo. Mas não há varinha mágica e nem pó de pirlimpimpim. O que existe é trabalho e isso, por enquanto, podemos apurar que galera que assumiu está fazendo.

ST