Muita calma nessa hora – Flu está vivo na principal competição do ano
Sempre é difícil para qualquer tricolor acordar no dia seguinte de qualquer derrota, ainda mais da forma que foi – com o VAR inventando mais uma gracinha pro nosso lado (Sandro Meira Ricci comentou não ter havido pênalti de Gilberto) – e ser eliminado de uma competição. Sabemos que é assim para todos, porque é assim para nós também. Mas sejamos honestos. O Flu tinha condições de brigar pela Copa do Brasil, ir bem no Brasileiro e ainda buscar a Sul-Americana? Talvez sim. Muito provável que não.
Não pela vontade do elenco, do treinador, e óbvio, pela vontade da torcida – sempre queremos tudo. Mas pela limitação do nosso elenco. Infelizmente, por mais dedicados que sejam nossos atletas, que treinam, são extremamente disciplinados – não se ouve qualquer notícia de que há atrasos, faltas ou qualquer ato que fuja a normalidade nos treinos – nosso elenco é curto e carente em quase todas as reposições.
Diniz parece ter encontrado seu meio de campo ideal, com Ganso, Daniel e Allan. Mas tira um deles e a coisa desanda. A menos que ele promova a entrada de Mascarenhas e puxe o Caio Henrique para a meiuca, Airton, Dodi, Léo Arthur, Guilherme e Bruno Silva (ainda machucado) não conseguem manter o padrão de jogo e o rendimento do time cai. Na zaga é a mesmíssima coisa. Muito embora Frazan não tenha comprometido ontem, não temos muitas opções – alias hoje nenhuma no banco. Digão e Ferraz estão no estaleiro e Paulo Ricardo não está nos planos de Diniz.
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O único setor do time, que parece estar mais municiado, é o ataque. Luciano, João Pedro, Yony, Pedro, Marcos Paulo, Kelvin, Ewandro e Brenner, trazem mais opções ao treinador. Claro que uns não se comparam aos outros, mas o leque é maior para esse setor.
O fato é que o Flu não tem time “B”. Nosso time “misto” já se mostrou inefetivo e tomou uma trauletada do Athlético-PR – tá certo que tem a bagaça de grama sintética, e o escambau – mas nosso rendimento caiu absurdamente sem 3 peças. A falta que Ganso fez na meiuca, a diferença de rendimento entre Gilberto e Julião – muito mais pelas características dos atletas, que atendem ao esquema do Diniz – e a diferença entre Luciano e Léo Arthur (esse ainda devendo uma boa atuação) é gritante. E não adiante querer “espremer” mais os caras. Tem que poupar, se não eles se arrebentam. Olha aí o Yony. E já tivemos outros que visitaram o estaleiro por questões musculares, como Ganso…
Então tricolores, nada de desânimo! Estamos vivos na Sul-Americana e precisamos nos recuperar no Brasileiro. Temos dois jogos difíceis pela frente – Flamengo nesse domingo e Chapecoense – e depois a pausa para a Copa América. Diniz terá, novamente, uma meia temporada para colocar a casa em ordem e afinar ainda mais os instrumentos. Teremos troca na presidência e grandes expectativas até o final do ano. “Reconhece a queda, mas não desanima. Levanta, sacode a poeira e dá volta por cima!”
ST