Rendimento cai e Flu atravessa sua primeira turbulência da Era Diniz
A primeira turbulência vivida pelo Diniz, no comando do Flu, chegou. Após as derrotas para o Santa Cruz e Goiás, ontem o Flu não resistiu ao Santos, na Vila, e perdeu novamente, por 2 x 1. Se analisarmos friamente os jogos, veremos que a eficiência do ataque tricolor não está sendo a mesma costumeira, e isso tem sido determinante no resultado dos jogos.
Na primeira derrota, dessa famigerada sequência, o ataque tricolor quase chegou por duas vezes, diante do time pernambucano lá. Já no jogo contra o Goiás, até a primeira parada do VAR – naquele lance em cima do Bruno Silva – o time vinha bem, em cima do adversário. E ainda tivemos o pênalti perdido, o lance injusto do gol anulado de forma absurda, e para finalizar uma falta que não houve, o gol deles.
Já nesse último jogo, o time entrou e teve as três primeiras chances do jogo e, talvez na melhor, Luciano não conseguiu concluir o chute cruzado de Gilberto. Mas o time se comportava bem. No segundo tempo, Sampaoli mexeu no seu meio de campo e o time dele cresceu na partida. Tomamos o primeiro gol, numa bola rebatida da zaga e o segundo numa falha individual de Bruno Silva, que originou a jogada do gol. O volante não dominou passe de Rodolfo, na saída de bola. Depois o Flu diminuiu com Pedro, e ainda viu Léo Arthur entrar, e entrar bem.
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Tudo bem que o treinador não pode contar com Ganso que, ainda que não venha sido o grande craque que o levou à fama mundial, equilibrava as ações do meio e era a referência. Pode-se até questionar a escolha do treinador por manter três volantes – Allan, Airton e Bruno Silva – mesmo com a opção de Léo Arthur e Daniel no banco, e identificar exatamente aí o problema maior desses jogos.
Mas já observaram os números desses jogos?
Flu x Goiás:
Posse: 68%; Finalizações: 12; Passes certos: 561;
Santos x Flu:
Posse: 52%; Finalizações: 8; Passes certos: 435.
Mas, nesse último jogo, a contenção tricolor não funcionou como costumeiramente, e o time da casa finalizou 21 vezes contra nosso gol, sendo 8 certas – o que justificou a boa atuação do Rodolfo.
Colocar em xeque o trabalho de Diniz, por essa instabilidade, é arriscar a sorte no Brasileirão. É nesse momento que a torcida tem que comprar a briga ao lado do treinador, e não com o próprio. Antes de qualquer coisa, devemos observar nossas condições, nosso elenco limitado, sem tantas opções. O time vem se apresentando bem e o campeonato é difícil. Teremos pela frente Grêmio e na volta para casa o clássico contra o Botafogo. Há quem diga que voltaremos sem nenhum ponto na bagagem. Há quem diga que, pelo menos 1 traremos. Outros que venceremos o time gremista em seu território.
O que a torcida não deve fazer é entrar nesse vórtice de autoflagelação, e tecer teorias da conspiração. Pelo contrário. Teremos pela frente o Cruzeiro pela Copa do Brasil, e temos totais condições de fazermos grandes apresentações. Na sequência do Brasileirão, até a parada para a Copa América, será pedreira – Grêmio (F), Botafogo (C), Cruzeiro (C), Bahia (F), CAP (F), Flamengo (C) e Chape (F). Precisamos nos unir em torno do clube, do time, do treinador. Passaremos pelas eleições, mudanças ocorrerão. A torcida precisa mostrar seu valor.
ST
WdA