“O primeiro 0 x 0; o segundo 3 x 1; e o terceiro foi 4 x 3 e…. “

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Eram jogados 18 minutos do primeiro tempo, de um Fla x Flu memorável, quando Super Ézio empatava o jogo, em pênalti sofrido pelo Renato Gaúcho. Os caras tinham aberto o placar num acidente de percurso, numa bola marota, desviada na zaga, que matou Wellerson. Sávio, componente do teórico melhor ataque do mundo (risadas esfuziantes, nesse momento) deixou eles de novo na frente. O empate, de novo, veio com cobertura – pode escolher o sabor. Numa bola aérea, em que Branco sobe e perde, a mesma acaba sendo tocada para trás e Renato antecipa e, com toda a marra que lhe é peculiar, dá um toque genial por cima do goleiro. Na sequência, um gol típico deles. Uma ziquizira na área; bate daqui, rebate de lá, e mais uma vez eles passam a frente. E foi a última do jogo. Com um detalhe fantástico: tudo isso no primeiro tempo!

Mas foi ai que um personagem improvável deu as caras. Rogerinho saiu do banco de reservas no intervalo para entrar para a história dos Fla x Flus. E até mesmo eles, os que ficam do lado de lá da força, sabem que foi, e sempre será assim. Djair ganhou a dividida, avançou, tocou para o iminente Rei do Rio que, de calcanhar, começou a escrever, nos anais da história rubro-negra, o nome ROGERINHO! Que iria além desse empate.

A partir dai, o time dos caras veio para cima. Romário, Marquinhos, Sávio e etc, tentaram transpôr a defesa tricolor, mas sem sucesso. Ai, veio a grandeza tricolor. Ronald caminha pela direita e cruza para eternizar ROGERINHO na poranduba deles. O meia-atacante entra e de cabeça toca para sacramentar a vitória tricolor.

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Fla x Flu sempre foi assim. E por mais que tentem diminuir o Flu, que queiram tirá-lo do protagonismo da história, sempre será assim; Lá atrás, quando não se havia internet, nem seus famigerados textões, ou tamanha propagação de “não notícias”, com bastiões da moralidade e da decência se esquecendo de olhar o próprio rabo, nossa torcida era fod@ (me perdoem a expressão). Eu me lembro desse jogo. Ao final dele, meu primo estava simplesmente esgotado, deitado no cimentão do Maraca – sim, era arquibancada de cimento e não esse estádio de tênis, que colocaram no seu lugar – e eu sem saber como comemorar. Pena!

Pena que isso acabou, e que seu resgate é tão difícil. Pena que nossa galera se preocupa mais se jogador segue, ou deixa de seguir, outro clube em redes sociais; pena que alguns transformam isso em notícia; pena que muitos acreditem que, de fato, seja notícia. Pena que as redes sacanearam muito mais o Flu, do que ajudaram. Pena que nossa torcida, em grande parte nossa juventude, se deixou levar a isso, a chegar nisso – e, agora o muito pior – a respirar isso.

Eu gostaria de levar, um a um, essa galera ao Maraca. Para respirarem o Flu de verdade. Para se emocionar quando estiverem fazendo parte de um todo tão maravilhoso, tão indescritíveis, que eles saíssem do Maraca com a certeza do prazer cumprido. Não do dever, isso nunca. Independente do resultado, o fazer parte é algo inenarrável, por conseguinte, somente quem for saberá!

Escrevo hoje sem saber o resultado do jogo. Mas, infelizmente, já sei do resultado das arquibancadas. E isso entristece muito, demais, para caramba à beça. Mas daí eu lembro do Super Ézio, de Renato, de Lira, Lima, Sorley e cia. E isso, por enquanto, me basta!

ST

Washington de Assis

 

 


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